Um casal de pecuaristas levou um baita susto ao dar de cara com uma sucuri enorme de, no mínimo, 5 metros de comprimento. O caso aconteceu na estrada de uma fazenda na região de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, quando o casal ava pelo local de carro.

Um vídeo feito pelo casal mostra o momento em que eles am pela cobra e ela ataca o carro. Desesperada, a mulher grita: “tira o braço daí, Eduardo”. Segundos depois, a serpente dá o bote e o motorista grita.
Para o pecuarista Eduardo Jacintho, foi uma surpresa a reação do animal. “Já a vimos na fazenda umas três vezes, mas foi a primeira vez que a vi fora da água. Ela amedronta pelo tamanho, mas eu não sabia que ela pode ter avançado na camionete porque estava assustada”, comenta.
Confira o momento do ataque – Vídeo: Reprodução/Redes Sociais/ND
Biólogo explica reação da sucuri 2p44p
Em um artigo publicado pelo Governo do Mato Grosso do Sul, Henrique Naufal, idealizador do Projeto Jiboia, atrativo turístico de educação ambiental em Bonito (MS), explica que a sucuri não é um animal perigoso se não for provocado.

“A ação dela foi exclusivamente de defesa contra a própria camionete, que ou muito próxima de onde ela estava. A ideia de que a sucuri é um animal agressivo é decorrente da bagagem cultural errada sobre elas e isso mexe com o imaginário popular, aumentando ainda mais a imagem negativa desse animal tão imponente e importante para o equilíbrio do ecossistema”, enfatiza.
Doutora em Ecologia pela USP e especialista em serpentes, Juliana de Souza Terra comemora a atitude da família em ter deixado o animal seguir livremente após o encontro. “A grande maioria dos animais encontrados nas estradas acabam sendo mortos. Isso nos alerta para a necessidade de educação ambiental e bons exemplos para protegermos cada vez mais a nossa fauna”.
A especialista relata que não existe casos de Sucuri que tenha se alimentado de seres humanos. Porém, se o ambiente já não tiver condições de oferecer alimento, pode haver ataque com finalidade alimentar. “Mas isso não é comum, já que elas não enxergam os seres humanos como uma presa, mas sim como uma ameaça. Podemos ficar tranquilos, pois não fazemos parte do cardápio delas”, diverte-se.