Ave rara ameaçada de extinção faz segunda aparição em Portugal 5ss2y

Uma ave rara foi vista pela segunda vez em Portugal, na região de foz do rio Minho, junto a Caminha, na fronteira com a Espanha. O íbis-eremita esteve na lista de espécies em “perigo crítico”, sendo classificado nos anos 90, no Marrocos, em uma área em que haviam apenas alguns exemplares da espécie.

Escritor no El Naturalista Cojo, o especialista Manu Sobrino Senra relatou ao jornal local Telemariñas que foi a primeira vez que o pássaro foi visto na localidade, e afirmou que a notícia empolgante foi confirmada pela Anabam (Associação Naturalista do Baixo Minho).

Segunda aparição da espécie em Portugal, o íbis-eremita visto na região nasceu no Jardim Zoológico de Halle, na Alemanha, em maio de 2023, sendo liberado em março deste ano, em Cádis, na Espanha.

Conforme o portal espanhol, a ave rara esteve na região de seis a sete meses, desaparecendo logo depois. Ela apenas voltou a ser vista em 21 de outubro, em Faro, antes de ser encontrada junto ao rio Minho.

Há 20 anos, a Espanha lançou um projeto para estabelecer a população residente desta espécie na região de Cádis. Desde então, tem acompanhado a espécie no que chamam de “migração assistida pelo homem”.

Sobre o íbis-eremita, considerado uma ave rara 5g581q

O íbis-eremita (Geronticus eremita), é uma espécie de pássaro que pertence à família Threskiornithidae. A distribuição original do animal se estendia do sul da Europa e do norte da África ao Oriente Médio.

Desde o início do século XX, a ave rara é encontrada em duas populações distintas, uma na região ocidental, no Marrocos, no Parque Nacional de Souss-Massa, e outra na parte oriental, na Turquia e Síria.

A população da ave diminuiu devido à caça, destruição de habitat e uso de pesticidas, restando apenas 59 casais na natureza na década de 1990, todos no Marrocos.

Os esforços de proteção aumentaram o número para mais de 500 indivíduos no país, o que levou a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) a atualizar seu status de criticamente ameaçada para ameaçada, em 2018.