Os moradores da Grande Florianópolis já estão acostumados a ver capivaras em seus rolês pelas ruas da Ilha e da região continental. Desta vez, elas foram vistas no bairro Ipiranga, em São José, e na avenida Beira Mar Norte, no Centro de Florianópolis.

Os animais, que são nativos da América do Sul, são conhecidos por sua aparência simpática e comportamento “zen”. Mas agora parecem ter abraçado o “life style” da cidade e se tornaram verdadeiras celebridades urbanas.
Moradores e turistas que tiveram a sorte de flagrar as capivaras eando compartilham fotos e vídeos nas redes sociais, as peludas ainda mais populares.
Roedor foi flagrado no bairro Ipiranga, em São José – Vídeo: @floripadiscover/Instagram/Reprodução/ND
“É impressão minha ou as capivaras estão dominando o mundo?”, escreveu um usuário na publicação sobre as capivaras em uma rede social.
Já a avenida Beira Mar, não escapou de servir de arela para o peludo – Vídeo: @floripadiscover/Instagram/Reprodução/ND
Apesar da fofura, aparições são preocupantes 3v3t4s
A tenente da PMA (Polícia Militar Ambiental), Renata Bousfield, conta que a aparição das capivaras excede a época do ano. Porém, o período do verão é o mais propício para a reprodução.
Renata orienta os moradores que avistarem esse tipo de roedor: “É a situação de qualquer animal no Estado. Se for um simples recolhimento é com o IMA, e se houver um crime ambiental, caça ou maus tratos, deve-se chamar a Polícia Militar”, explicou.
Reprodução das capivaras é problema sistêmico 3qm5b
O professor e biólogo do IMA (Instituto do Meio Ambiente) de Criciúma André Klein afirma que a reprodução das capivaras é um “problemão em nível nacional e sem solução em vista”.
Klein afirma que esses roedores gostam de ficar em margens abertas de rios e o desequilíbrio populacional decorre, muitas vezes, das conversões de áreas florestais em áreas abertas.
“Pela conversão dessas áreas próprias para ocupação pela espécie, pela drástica redução no número de predadores, que seriam apenas os grandes felinos, além de, é claro, da grande capacidade reprodutiva da espécie”, explica.
Segundo ele, uma eventual realocação poderia, inclusive, transferir o problema para outro local.
“Por se tratar de um problema sistêmico, as soluções também são sistêmicas: maior preservação e recuperação das matas ciliares e, talvez por meio de políticas públicas, o manejo de habitats”, finaliza.