O filhote de macaco-caranguejeiro, rejeitado pelos pais e irmãos, foi acolhido pelos “primos” no novo recinto, no Zoo de Balneário Camboriú. Iuri, de 10 meses, agora vai morar definitivamente com outros macacos Carlota, Ian e Ikaro.

Iuri nasceu em fevereiro, mas logo após o nascimento, os pais e irmãos dele reagiram com comportamentos agressivos, o que fez com que a equipe do zoo encaminhasse o filhote para um ambiente isolado, preparado com aquecimento, bichinhos de pelúcia, cobertores e leite especial.
O filhote recebeu, durante o tempo que ficou no recinto especial, alimentação com leite especial a cada duas horas, banhos com algodão morno, e banhos de sol diários. “A rotina iniciava com pesagem diária para acompanhamento do seu desenvolvimento, o aleitamento artificial era oferecido a cada duas horas no primeiro mês e após o segundo foi aumentando o tempo para cada quatro horas”, conta a bióloga Márcia Achutti, dirigente da ICCO, organização responsável pelo gerenciamento do Zoo.
Após dois meses Iuri começou a receber pequenas porções de comida sólida, mas foi mantido a base da alimentação com leite. Após seis meses foi iniciado a retirada total do leite e aumentando a proporção frutas e legumes. “Nesse período o pequeno Iuri já estava em tempo integral no zoológico sem necessidade de acompanhamento durante a noite”, observa Márcia.

Nova família 6y144z
Nessa etapa de adaptação, a equipe responsável decidiu formar uma nova família para Iuri, aproximando ele de três animais com idade semelhante: a fêmea, Carlota, e os dois machos, Ian e Ikaro.
Eles aram por um momento de interação, onde não foi registrado comportamento agressivo entre eles. Durante essa transferência optou se por manter a família sob cuidado de um membro da equipe que acompanhou o Iuri desde do seu primeiro dia de vida. Nos primeiros dias, Iuri já interagiu mais com os novos familiares do que com os cuidadores.
“Iuri demonstrou um comportamento natural da sua espécie, sendo considerado uma vitória quando se trata de filhotes de animais silvestres mantidos sob cuidados humanos”, concluiu a bióloga.