Uma situação preocupa moradores do bairro São Vicente, em Itajaí. De acordo com denúncias, cães que moram na mesma casa estariam com cinomose e erliquiose, conhecida como “doença do carrapato”. No total, estima-se que a residência conte com mais de 50 animais.
O ND Mais entrou em contato com a clínica veterinária que fez os testes que confirmaram que pelo menos sete cachorros estão com as doenças. De acordo com o relatado ao portal, o tutor dos animais os levou à clínica após perceber que alguns de seus cães estavam doentes, porém, não tinha condições de pagar pelos testes.
Cinomose é uma doença potencialmente fatal para cães – Vídeo: Melissa Menezes/Reprodução
O atendimento, então, foi custeado com ajuda de uma vaquinha feita por uma protetora da cidade. De acordo com a clínica, o homem comparece desde o final de abril informando a existência de animais doentes e, até mesmo, mortes.
Uma das vizinhas informou à produção da NDTV que o tutor dos animais é catador de reciclagem e costuma voltar para casa com novos cães. Ela afirma que 10 cachorros morreram no local no último mês.

INIS já conhece o caso 2h6c47
Em contato com a assessoria do Instituto Itajaí Sustentável (INIS), órgão responsável pela Unidade de Acolhimento Provisório (UAPA), o caso já foi acompanhado pelo Município.
“Os profissionais foram até o local no ano ado e ofereceram auxílio para realizar castração nos animais, no entanto, o responsável não aceitou ajuda. No momento da visita, não foi constatado negligência ou maus tratos. Até este momento, a UAPA não recebeu nova denúncia do local”, informou nota enviada nesta segunda-feira (29).
Cinomose pode ser letal 336l1c
A cinomose é uma doença contagiosa e é transmitida pela inalação de um vírus. Ela ataca respiração, o gastrointestinal e o sistema nervoso. Todos os cães podem ser contaminados, pincipalmente filhotes não-vacinados.
Para combater os vírus, existe a vacina V10, que também atua na prevenção de coronavirose, adenovirose, parainfluenza, hepatite infecciosa canina e 4 tipos de leptospirose.
Os cães vacinados têm 92% de chance de sobreviverem, enquanto os que não se vacinam possuem a taxa de sobrevivência de 5 a 10%.