No Dia Mundial contra a Raiva, veterinários alertam para a vacinação contra o vírus 442y5f

Desde 1973, a vacinação antirrábica canina e felina em todo o território nacional ajuda a diminuir os casos confirmados da doença em humanos e a diminuição de mortes animais por conta da raiva 1r3a43

Conhecida por ser uma doença letal, a raiva mata, anualmente, inúmeras espécies animais. Somente entre os anos de 2009 a 2019, 49.562 casos da doença foram notificados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entre nove espécies diferentes, como bovinos, equídeos, cães e gatos, entre outros.

Por conta disso, vacinar anualmente os animais é a melhor forma de prevenção da zoonose, que também pode acometer os seres humanos. Foi pensando nisso que a DIVE (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) emitiu um alerta para o Dia Mundial Contra a Raiva (28 de setembro).

Todos os anos, os animais devem receber a vacina da raiva, a fim de evitar a contaminação pela doença – Foto: ArtTower/Pixabay/Divulgação/NDTodos os anos, os animais devem receber a vacina da raiva, a fim de evitar a contaminação pela doença – Foto: ArtTower/Pixabay/Divulgação/ND

A transmissão do vírus ocorre através da saliva dos animais infectados, por meio de mordidas e arranhões. Ao entrar em contato com a lesão, o vírus entra no corpo – humano ou animal – e chega ao cérebro, causando inchaços e inflamações no órgão.

“Por isso, é importante não se aproximar, tocar ou mexer em animais que você não conhece, ainda mais quando estiverem se alimentando ou dormindo. As pessoas não devem tocar, nem manusear os morcegos, por exemplo, que também podem transmitir a doença” alerta a médica veterinária da DIVE, Alexandra Schlickmann Pereira.

Em caso de incidentes com animais, como mordidas, é fundamental lavar o ferimento com água e sabão. “Depois é preciso procurar uma Unidade de Saúde o mais rápido possível. Os profissionais vão avaliar o ferimento e indicar o tratamento adequado”, explica Alexandra. No SUS, há a disponibilização de vacina e soro antirrábico para tratamento da doença.

O animal também deve ficar em observação, segundo a veterinária. Durante 10 dias, ele deve ser isolado de outros animais, com água e comida disponibilizadas. Caso ele morra – o que acontece entre cinco e sete dias após os sintomas – ou desapareça, a Unidade de Saúde deve ser comunicada.

Os sintomas da raiva 1h3q5k

Nos animais, o surgimento de comportamentos agressivos e retraídos, em conjunto com a salivação excessiva ou a paralisia corporal, são indicativos da doença.

Já nos seres humanos, a incubação da doença pode durar 45 dias, e os sintomas duram 10 dias em média, segundo o Ministério da Saúde. Nesse período, as pessoas podem apresentar:

  1. Mal-estar geral;
  2. Pequeno aumento de temperatura;
  3. Anorexia;
  4. Cefaleia;
  5. Náuseas;
  6. Dor de garganta;
  7. Entorpecimento;
  8. Irritabilidade;
  9. Inquietude;
  10. Sensação de angústia.

Prevenção da doença 5f2g64

Além da vacinação anual dos animais, os seguintes cuidados com os bichinhos também devem ser tomados, conforme orientação da DIVE:

  1. Manter o animal em observação quando ele agredir uma pessoa;
  2. Não deixar o animal solto na rua e usar coleira/guia ao sair de casa com eles, se necessário;
  3. Notificar a existência de animais errantes nas vizinhanças de seu domicílio;
  4. Informar o comportamento anormal de animais, sejam eles agressores ou não;
  5. Informar a existência de morcegos de qualquer espécie em horários e locais não habituais (estando eles voando baixo, acordados durante o dia, ou caídos).

A população também precisa fazer a sua parte, ao evitar tocar em animais estranhos, feridos e doentes e não incomodando os animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo.

Separar animais que estejam brigando e evitar entrar em grutas ou furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto), além de não criar animais silvestres ou tirá-los de seu habitat são outras maneiras de evitar a proliferação da raiva em humanos.

Raiva em Santa Catarina 4xc6h

As ações para a eliminação da raiva humana transmitida por cães nas Américas começaram a ser tomadas em 1983, com o lançamento do Programa Regional de Eliminação da Raiva da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).

Ainda, o PNPR (Programa Nacional de Profilaxia da Raiva), também ajudou no controle da doença, ao implantar, dez anos antes, em 1973, entre outras ações, a vacinação antirrábica canina e felina em todo o território nacional.

Desde aquele ano, a incidência da raiva humana transmitida por cães no Continente Americano diminuiu quase 98%, indo de 300 casos notificados em 1983 a 6 casos em 2021. A maior parte dos casos notificados atualmente são originários de animais silvestres, principalmente os morcegos.

Entre 2010 a 2021, foram registrado 39 casos de raiva humana no Brasil. Desses, nove foram por conta de cães, vinte por morcegos, quatro por primatas não humanos, quatro por felinos e em um deles não foi possível identificar o animal agressor.

Em Santa Catarina, no ano de 2019, a DIVE confirmou uma morte pela doença em uma senhora de 58 anos, residente de Gravatal, que havia sido mordida por um gato infectado.

Os últimos casos de morte por raiva em animais foram confirmados em 2016, quando um cão apresentou sintomas da doença em Jaborá. Antes disso, em 2006, um cão e um gato, no município de Xanxerê, e um cão em Itajaí também foram diagnosticados com raiva.

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