Uma serpente venenosa foi vista e capturada na noite deste domingo, dia 17, no Hospital Jaraguá, em Jaraguá do Sul, Norte de Santa Catarina.

Trata-se de uma jararaca (Bothrops jararaca). Ela estava no estacionamento, próximo ao PA Infantil quando foi vista por volta das 20 horas. Imediatamente, os bombeiros voluntários de Jaraguá do Sul foram acionados e fizeram a captura.
Agora, a cobra está na Fujama (Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente) e deverá ser solta à natureza, bem longe de qualquer residência, nesta terça-feira, dia 18.
VEJA VÍDEO: z6b5
jararaca é capturada no estacionamento de hospital jaraguá – Vídeo: Internet/Divulgação ND
Segundo o biólogo Christian Raboch, o Hospital Jaraguá está situado em uma área de mata e, por isso, não é tão incomum o aparecimento de animais.
“Ano ado, peguei uma jararaca na frente de casa”, lembra Christian, que mora bem próximo ao Hospital Jaraguá.
Sobre a jararaca: 2qt29
Espécie peçonhenta que pode chegar a um metro de comprimento. Tem o veneno potente, mas o principal motivo de estar em primeiro lugar é o número de acidentes. No Brasil, cerca de 90% de acidentes com serpentes é com jaracara.
É um animal que acabou se adaptando muito bem à área urbana pela facilidade de encontrar alimentos: roedores. Porém, é no meio da floresta que ela tem papel fundamental no equilíbrio do ecossistema. Por isso, é importante que as pessoas não matem, que chamem a Fujama ou Corpo de Bombeiros.
A serpente pode ficar enrolada em algum canto, numa área de mata, em restos de madeira, no jardim e a pessoa acaba não percebendo que há uma cobra. Ela dá o bote para se defender.
“Não ataca as pessoas porque ela gosta, mas para se defender porque acha que a pessoa representa um risco”, sublinha Gilberto Duwe, o Giba, também da Fujama. Mesmo assim, em cerca de 30% das mordidas não há veneno (picada seca). Isto porque o veneno de todas as cobras é utilizado para caça. Exemplo: a cobra pica um roedor e quando o roedor morre ela se alimenta do roedor. “Ela prefere não gastar o veneno com pessoas para não perder a forma de obter o alimento”, complementa.