Mais duas serpentes venenosas (jararacas) foram capturadas em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. No último dia 12 de julho, uma jararaca que até parece ‘peluda’, mas não é, foi encontrada em uma loja de bicicletas. (VEJA VÍDEO ABAIXO). Dias depois, na mesma loja, outra jararaca foi encontrada.

Segundo o biólogo Giba, da Fujama (Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente), a primeira serpente foi encontrada por funcionários na área externa da loja de bicicletas onde havia alguns materiais. Os funcionários conseguiram conter a cobra usando um cesto de bicicleta até a chegada a Fujama para o resgate.
A outra serpente, também jararaca, foi resgatada na última terça-feira (19) na mesma loja. Esta os funcionários avistaram, mas não conseguiram cercá-la. Os biólogos da Fujama foram acionados e fizeram o resgate no local.
As duas serpentes serão soltas em local de mata fechada longe de qualquer residência para não haver risco.
VEJA VÍDEO: z6b5
Serpente capturada dia 12 de julho em Jaraguá do Sul – Vídeo: Biólogo Giba/Divulgação ND
E no inverno? 351i40
Durante o inverno, por causa do frio, as cobras ficam mais escondidas, chegam a hibernar. No entanto, há momentos de calor, caso das últimas semanas. Nesses períodos de maior aquecimento, mesmo que seja no inverno, as serpentes saem dos esconderijos e ficam ativas.
“Por isso, as pessoas precisam tomar cuidado também no inverno, especialmente com as cobras peçonhentas”, alerta Giba.
Sobre a jararaca: 2qt29
Tem o veneno potente, mas o principal motivo de estar em primeiro lugar é o número de acidentes. No Brasil, cerca de 90% de acidentes com serpentes é com jaracara. É um animal que acabou se adaptando muito bem à área urbana pela facilidade de encontrar alimentos: roedores.
Ela pode ficar enrolada em algum canto, numa área de mata, em restos de madeira, no jardim e a pessoa acaba não percebendo que há uma cobra. Ela dá o bote para se defender.
“Não ataca as pessoas porque ela gosta, mas para se defender porque acha que a pessoa representa um risco”, sublinha Giba. Mesmo assim, em cerca de 30% das mordidas não há veneno (picada seca). Isto porque o veneno de todas as cobras é utilizado para caça. Exemplo: a cobra pica um roedor e quando o roedor morre ela se alimenta do roedor.
“Ela prefere não gastar o veneno com pessoas para não perder a forma de obter o alimento”, complementa.
Sobre a impressão de ser ‘peluda’, Giba explica que é por causa da coloração da serpente mesmo, mas claro que elas não têm pêlos. “Como todas as serpentes, são répteis, e têm escamas”, finaliza.
Importante ao flagrar uma serpente é nunca matá-la. Entre em contato com a Fujama (de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 17h) para fazer o resgate (47) 3273 -8008 ou Corpo de Bombeiros (193).