Duas tartarugas foram encontradas encalhadas na praia de Armação do Itapocoroi, em Penha, nesta segunda-feira (15). As duas estavam próximas uma da outra, e foram enterradas na praia.

Segundo o PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos) Univali Penha, uma delas era uma tartaruga-cabeçuda. Ela foi a primeira a ser localizada, por banhistas, já morta e em estado avançado de decomposição.
Já a segunda foi encontrada logo depois, a menos de 50 metros de distância da primeira. Se tratava de uma tartaruga-oliva, que também já estava em estado avançado de decomposição.
Tartarugas foram encontradas por banhistas na praia de Armação do Itapocoroi – Vídeo: Valeska Lippel
Equipes da Univali foram até o local para fazer o registro dos animais. Segundo o projeto, as condições do mar nesta segunda estão favoráveis ao encalhe de animais, graças a uma combinação de ondas e de vento.
Segundo banhistas, ainda, além das duas já registradas pelo projeto, uma terceira foi encontrada, algumas horas depois.
Além das tartarugas, foram registrados dois golfinhos encalhados, um em Balneário Camboriú, na Praia Central, e outro em Itapema, na Praia do Plaza. Eles também foram registrados e avaliados pela Univali.
Animais foram registrados pelo projeto de monitoramento de praias, por equipes da Univali – Vídeo: Valeska Lippel
Só neste fim de semana (13 e 14), a equipe do PMP-BS registrou 13 animais, dos quais apenas quatro estavam vivos. Os dados dessa segunda-feira (15) ainda estão sendo contabilizados.
De acordo com a oceanógrafa e gerente operacional da Univali – Unidade Penha, Bruna Henklein Pissaia, as combinações oceanográficas são um dos fatores que aumentam o índice de encalhes de animais marinhos.
“No trecho de praias monitorado pela Univali, no litoral Centro-Norte catarinense, a combinação de ondulações de Leste e ventos de quadrante Norte e Nordeste favorecem o encalhe de carcaças de animais marinhos. Geralmente são animais em estágio avançado de decomposição, que estavam derivando e encalham influenciados pelas condições oceanográficas”, explica.