A internet revolucionou a forma como nos relacionamos. Com a proliferação dos aplicativos de namoro, como o Tinder, nossa abordagem aos relacionamentos amorosos mudou significativamente.
Esses aplicativos facilitam encontrar pessoas com interesses semelhantes, mas também trouxeram novos desafios e comportamentos para o cenário dos relacionamentos.

Os aplicativos de namoro como o Tinder tornaram-se ferramentas comuns tanto para quem busca um relacionamento sério quanto para aqueles que procuram sexo casual ou apenas querem participar da tendência. Esses aplicativos permitem que as pessoas conheçam potenciais parcerias de maneira rápida e conveniente.
No entanto, essa facilidade também pode levar a relações superficiais, onde o foco está mais na quantidade de matches do que na qualidade das conexões. Nesse cenário, as relações muitas vezes se tornam fluídas e sem conexão.
Além disso, a vasta gama de opções pode gerar a chamada “paralisia por escolha”, na qual é difícil se comprometer com uma única pessoa devido à constante possibilidade de encontrar alguém “melhor”.
Orbiting é um dos ‘efeitos colaterais’ de apps como Tinder e as redes sociais 3w471l
Um fenômeno recente que surgiu com o uso desses aplicativos é o chamado orbiting.
Este termo descreve a situação em que alguém com quem você teve algum tipo de relacionamento ou interação continua a acompanhar suas atividades nas redes sociais (curtindo postagens, assistindo stories, enviando emojis como foguinho e coração, etc.), mas não mantém uma comunicação direta.
Esse comportamento pode ser confuso e emocionalmente desgastante, pois mantém a pessoa dentro do seu campo de visão digital sem oferecer uma interação significativa. Assim, a pessoa “orbita” a outra, monitorando sua vida online sem se envolver diretamente.
É um comportamento comum nos relacionamentos digitais atuais, com muitas pessoas praticando ou sofrendo as consequências desse fenômeno
Como saber se você está sofrendo ou praticando orbiting? Se você sente que alguém com quem perdeu o contato direto continua acompanhando suas atividades online sem realmente interagir, é possível que você esteja sofrendo orbiting.
Por outro lado, se você se pega frequentemente verificando as redes sociais de alguém com quem não conversa mais, é provável que você esteja praticando orbiting.
Esse comportamento pode ser prejudicial, pois impede que ambas as partes sigam em frente e encontrem novos relacionamentos mais saudáveis.
Em meus atendimentos clínicos e no portal Sexo Sem Dúvida, tenho observado que esse comportamento gera insegurança, ansiedade e tristeza.
A pessoa que sofre com orbiting frequentemente se questiona sobre o motivo dessa interação indireta, em vez de reconhecer que o problema está no comportamento do outro.
Por fim, a internet e os aplicativos de namoro transformaram profundamente a forma como nos relacionamos. Embora ofereçam novas oportunidades para encontrar parcerias, também apresentam novos desafios, como a superficialidade das conexões e comportamentos como o orbiting.
Reconhecer esses padrões e refletir sobre como eles impactam nossos relacionamentos é essencial para navegar de maneira saudável no mundo digital. Pense nisso!