No silêncio da noite, enquanto muitos tentam descansar, o ronco se torna uma presença incômoda que afeta não apenas o próprio sono, mas também o de quem compartilha o quarto.

A apneia do sono, condição caracterizada por pausas na respiração durante o sono, frequentemente associada ao ronco, pode ter consequências sérias para a saúde e o bem-estar das pessoas envolvidas.
O ronco é um sintoma comum da apneia do sono, um distúrbio em que as vias aéreas se tornam parcial ou completamente obstruídas durante o sono, causando interrupções na respiração.
Essas pausas podem ocorrer várias vezes por hora e são geralmente acompanhadas por micro despertares, o que fragmenta o sono e impede que a pessoa atinja os estágios mais profundos e restauradores do descanso.
Para o parceiro de cama, o ronco e os episódios de apneia do sono podem ter um impacto significativo. O barulho constante pode interferir na capacidade de adormecer e permanecer dormindo, levando a um cansaço crônico.
O estresse emocional e a frustração também são comuns, especialmente quando as tentativas de ajudar, como o movimento do parceiro para mudar de posição, são frequentemente necessárias.
Além dos efeitos imediatos na qualidade do sono, a apneia do sono está associada a uma série de problemas de saúde a longo prazo. Estes incluem aumento do risco de hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e até mesmo acidentes devido à sonolência diurna excessiva.
Ronco e apneia podem piorar no inverno 432n18
A chegada da estação mais fria do ano pode piorar os problemas até mesmo de quem não costuma roncar.
Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mostrou que, em períodos de baixas temperaturas, as pessoas ganham mais peso e têm mais alergias, comprometendo a agem de ar pelas vias respiratórias e piorando o quadro de ronco e apneia.

Além disso, a pesquisa observou que, durante os meses de inverno, a região sul do Brasil recebe menos raios solares devido aos dias mais curtos e às noites mais longas. Assim, existe a tendência de as pessoas consumirem alimentos mais calóricos.
Médico dá dicas de alimentação para ‘desligar o motor’ na hora de dormir 5u1448
Mohamad Saada, otorrinolaringologista do Hospital Santana, em Mogi das Cruzes (SP), explica que uma boa alimentação e uma vida ativa são fundamentais para quem quer acabar com o ronco e a apneia: “O seu remédio ou o seu veneno começam pela alimentação”, afirma.
Com apenas cinco dicas, é possível controlar melhor o seu corpo e evitar problemas para respirar enquanto dorme:
Evite álcool: o álcool atinge o músculo da língua, deixando-a mais amolecida. Quando vamos dormir, a língua amolecida pode obstruir a entrada de ar, causando ronco e apneia.
Faça exercícios físicos: estimular seu corpo com exercícios ajuda a manter seus músculos ativos e faz com que o oxigênio circule melhor pelo organismo, facilitando a respiração.
Evite excesso de açúcar e de gorduras ruins: consumir muitas calorias ruins faz com que seu peso corporal aumente de maneira não saudável e possa causar obstrução do oxigênio em algumas partes, incluindo nariz e garganta.
Aposte em gorduras boas: para adquirir as calorias que nosso corpo precisa sem engordar, especialmente no inverno, consumir nozes, castanhas, legumes refogados e massas integrais é uma boa pedida.
Prove chás e alimentos termogênicos: chá verde e gengibre é uma boa pedida– mas sem exagerar nas quantidades, é claro.