Camila Pagnan, 40 anos, é moradora do Estreito, na região Continental de Florianópolis. Ela aproveitou a tarde ensolarada de domingo (18), para levar os filhos até um local ao ar livre, como fazem sempre que possível. O espaço escolhido foi o Parque da Luz, no Centro, dentro da Ilha.

Cercados por ‘nada mais, nada menos’ que 1.154 árvores, Camila, a família e os amigos foram surpreendidos por mais uma edição do Curta o Parque, evento trimestral de atrações artísticas, principalmente locais, além de brinquedos infantis, food trucks e oficinas.
Um dos pontos altos do evento foi a exibição do filme “O Circo”, de Charles Chaplin. Ou seja, cinema mudo, mas com trilha sonora da Banda da Lapa, do Ribeirão da Ilha.
Durante o dia, as mais variadas oficinas, como yoga e stop motion, além da doação de mudas de árvores.
Bento, de quatro anos, filho da Camila, se arriscou no slackline, uma das atrações favoritas da criançada no parque, além do futebol.

Representante comercial, natural de Morro da Fumaça, no Sul do Estado, Camila elogiou o evento pela oferta de atividades voltadas às crianças, ainda mais por serem gratuitas, e a integração das pessoas.
“Muito bom, precisamos disso”, comentou. “Chegamos aqui por volta das 15h e pretendemos ficar até o pôr do sol. É dia de botar a criançada para brincar junto e de a gente curtir também”, registrou Camila.
O professor Silvio Sato, 53 anos, também elogiou o evento. “É muito bacana aproveitar esse espaço do Parque da Luz, que é extremamente democrático, aberto, agradável. Tem muita atração para as crianças e as famílias”, disse Sato, que se descreveu como um entusiasta do Curta o Parque.
Uma das organizadoras, Marina Tavares, 44, explicou que o Curta o Parque é feito pela Produtora Estúdio de Ideias, em parceria com a Associação dos Amigos do Parque da Luz, que fundou o parque nos anos 1970, plantando a primeira árvore no local.
Hoje, o Parque da Luz é uma das melhores áreas verdes de Florianópolis. Fica pertinho da ponte Hercílio Luz, e tem cerca de 80 espécies, como pau-brasil, guarapuvu, aroeira, araucária, jequitibá e mogno brasileiro.

O lugar perfeito para um pique nique, para gastar a energia dos pequenos e dos pets, e para prestigiar apresentações culturais.
“Nosso evento promove arte e cultura. Então, a cada nova edição, oferecemos algo diferente. Já mostramos músicas produzidas na cidade, artes plásticas dos artistas que estão produzindo aqui”, explicou Marina.
Na edição de junho de 2023, o público assistiu a curtas-metragens catarinenses. “Além de uma boa ocupação desse espaço. É poder mostrar a produção de arte e cultura da cidade”, completou a produtora.
A engenheira florestal Maria Rosa Sé, 60 anos, estava ajudando numa estrutura para doação de plantas, feita pela associação.
“Trouxemos mudas nativas na Mata Atlântica. Viemos com 150 mudas, estão denominadas, trouxemos também ecobags e canecas personalizadas com fotos das aves do parque”, contou Maria.

As ecobags e canecas, segundo ela, estavam à venda para manutenção do parque e da associação.
Sandra Romeiro, 58, e Reinaldo Minillo, 66, que estão ajudando a aumentar uma horta comunitária no trabalho de Reinaldo, pegaram duas mudas doadas pela associação.

“Estamos repondo árvores nativas. Tudo que conseguimos de muda, pegamos”, detalhou Sandra.