No mundo do skincare, um tratamento estético tem se popularizado e está levantando preocupações devido aos potenciais riscos à saúde que envolve.

O “soterramento facial”, procedimento que utiliza caramujos para aplicar uma substância viscosa sobre a pele, promete rejuvenescimento e reparação.
Estudos preliminares indicam que as secreções desses moluscos contêm antioxidantes e podem estimular a produção de colágeno, o que ajuda a reduzir os sinais de envelhecimento.
No entanto, especialistas alertam para os perigos associados ao uso de lesmas não controladas, que podem transmitir doenças graves.
Riscos e benefícios do procedimento com caramujos 1z734l

Queren Medeiros, bióloga e médica veterinária, comentou sobre esse procedimento e explica que, embora o tratamento com caramujos possa parecer repulsivo à primeira vista, ele está ganhando adeptos em várias partes do mundo.
“Parece meio nojento, né? Eu confesso que não teria coragem de fazer esse tratamento, deixar um caramujo molusco no meu rosto. Adoro bichos, mas tenho meus limites”, confessa a bióloga.
Segundo a bióloga, é importante destacar que esses moluscos são criados em cativeiro sob condições controladas.
“Esses animais são criados em cativeiro e que ficam de quarentena sempre que são utilizados de uma pessoa para outra”, explica Queren.

Ela ressalta que não é seguro usar caramujos encontrados no jardim ou em áreas não controladas, pois esses tratamentos devem ser realizados com espécies específicas e sob supervisão profissional para evitar riscos à saúde.
“Lembrando que não é pegar qualquer caramujo do jardim e fazer isso. Esses animais são criados em cativeiro, em quarentena, e utilizados de maneira controlada”, alerta a especialista.
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Cuidados com esse procedimento 81r5f
Apesar dos benefícios relatados, é essencial ter cuidado ao considerar esse tipo de tratamento, especialmente devido aos riscos de doenças transmitidas por caramujos.
Segundo o portal Tua Saúde, esses moluscos podem ser responsáveis por diversas doenças, como esquistossomose, fasciolose, meningite eosinofílica e angiostrongilíase abdominal, desde que estejam infectados por parasitas.
A esquistossomose, por exemplo, é conhecida como a doença do caramujo e é transmitida pelo parasita Schistosoma mansoni, comum em ambientes de clima tropical sem saneamento básico.

Já a fasciolose é causada pelo parasita Fasciola hepatica, que infecta caramujos de água doce. A meningite eosinofílica é transmitida pelo parasita Angiostrongylus cantonensis, encontrado em lesmas e caracóis, como o caramujo gigante africano, Achatina fulica.
E por fim, a angiostrongilíase abdominal é transmitida pelo parasita Angiostrongylus costaricensis, que causa sintomas gastrointestinais.
Não faça o procedimento em casa 3m2w37
Portanto, se deseja experimentar o tratamento com caramujos, não faça isso em casa, procure uma clínica de estética especializada e confiável, para evitar riscos de doenças e infecções.
Confira a explicação da bióloga: 5u6i1b
*Importante: este conteúdo não substitui avaliações profissionais com médicos ou outros especialistas nas áreas de saúde e bem-estar