A catarinense Albertina Prudêncio Vieira, de 63 anos, está à procura de uma filha que precisou entregar em 1976 para a adoção, logo após o parto, por falta de condições financeiras.

Albertina recorda que chegou a segurar no colo a recém-nascida e observar detalhes do seu rosto. Essa é a única lembrança que a moradora de Criciúma tem da filha. Atualmente, ela estaria com 46 anos.
“Assim que ela nasceu, me deram ela, coloquei no colo. Até hoje não me esqueço do rostinho dela, mas eu tive que deixar porque o meu pai era muito pobre. Vivia da pesca e da roça e já sustentava outro neném meu”, conta ao ND+.
O nascimento dessa filha, que seria a sua segunda, aconteceu no dia 21 de maio de 1976 na maternidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, no Sul catarinense.
Na época, Albertina havia acabado de terminar o relacionamento com o pai da criança, em Porto Alegre (RS), e vindo grávida e com uma filha de um ano e meio para morar com familiares em Pescaria Brava.
“Eu já tinha outro bebê. Meus pais não teriam condição de sustentar duas crianças. Então, tive que deixar no hospital. Gostaria muito de ver como ela está, se está bem. Se quem pegou, cuidou bem dela. Me dói muito, não é fácil dar um filho, é muito triste”, lembra emocionada.
Hoje, Albertina vive com o marido, que é o pai da criança entregue para adoção, no bairro Laranjinha, em Criciúma, e tem outras duas filhas, oito netos e sete bisnetos.
Uma das netas, a Thuani Vieira Costa Nunes, tem ajudado a avó na procura por essa filha. Ela já chegou a escrever uma carta para o Programa do Gugu e buscado informações junto ao hospital, mas todas as tentavas foram sem sucesso.
“Desde quando eu me conheço por gente, a vó comenta sobre esse história e que o sonho dela era encontrar essa filha. Até então não temos nenhuma pista. Do hospital em si, não conseguimos nada, porque eles não podem ar informação”, relata.
Recentemente, Thuani resolveu publicar nas redes sociais um relato da avó sobre a história. A postagem tem repercutido e acendido a esperança da família.
“Esse é o sonho dela, e a gente quer ajudar a realizá-lo, até porque é parte da nossa família e algo que mexe bastante com a minha vó. Quando perguntam se ela já foi feliz, ela até comenta que o momento mais feliz foi quando ela teve as filhas, netos e bisnetos”, diz Thuani.
Para quem tiver informações ou alguma pista sobre o caso, o WhatsApp para contato é o (48) 9627-5046.