Um ato contra o governo de Jair Bolsonaro (PL) reuniu participantes no espaço do antigo terminal rodoviário no Centro de Florianópolis. A concentração da manifestação “Grito dos Excluídos” iniciou por volta das 9h desta quarta-feira, 7 de Setembro.

Um público majoritariamente jovem, sobretudo de estudantes, carregou faixas e cartazes a favor da educação, da democracia e segurança, e entoou gritos de “fora, Bolsonaro”.
“Pátria Livre”, “Lutar e resistir nas ruas contra os ataques ao povo” e “Brasil nunca foi independente” foram os dizeres de algumas faixas erguidas pelos manifestantes.
O destaque também ficou para a pluralidade de participantes, com representantes de diferentes movimentos sociais, entre negros, mulheres e LGBTQIA+.
A estimativa inicial da Polícia Militar é de que cerca de 300 pessoas participaram da concentração. Na sequência, o grupo seguiu para o Morro do Mocotó, também na região Central da cidade. A PM acompanhou a manifestação.
Amanda Cardoso Venceslau, estudante do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) e integrante da diretoria executiva da Federação Nacional dos Cursos de Ensino Técnico disse que o “Grito dos Excluídos” está sendo construído porque os estudantes são protagonistas na luta.

“Acho que envolve toda a questão da gente nunca ter tantos excluídos no nosso país. São mais de 33 milhões de pessoas que am fome hoje. A própria questão dos cortes na educação tanto a nível federal quanto escolas estaduais, que sempre foram precarizadas. Então os estudantes estão na rua hoje pela educação, mas também pela democracia no nosso país”, disse.
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O estudante Felipe Bezerra dos Santos, que ajuda a coordenar a ocupação Carlos Marighella, também participou do Grito dos Excluídos em Florianópolis.
“Hoje é o 27º Grito dos Excluídos e, desde 1995, a pauta principal sempre foi a fome e o desemprego. 27 anos depois, a gente está com a mesma pauta por conta da conjuntura econômica e política do Brasil. Hoje nós temos 19 milhões de brasileiros desempregados, 33 milhões com insegurança alimentar. Nossa pauta também é contra o fascismo e contra a criminalização dos movimentos sociais”, afirma.
O ato contra o governo seguiu pela avenida Mauro Ramos e ou pela Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) em direção ao Morro do Mocotó.
No meio do caminho, as manifestações contra e pró-governo Bolsonaro se encontraram. Houve buzinaço por parte de participantes do ato pró-governo. O ato Grito dos Excluídos encerrou na subida do Morro do Mocotó por volta das 12h30.
Manifestações contra e pró-governo federal se encontraram próximo à avenida Mauro Ramos – Vídeo: Marina Simões/ND