Mulher, jovem e negra: o perfil da população das favelas urbanas de Santa Catarina 2ii31

Censo de 2022 divulgado pelo IBGE na sexta-feira (8) revelou ainda que a população das favelas urbanas de SC tende a envelhecer menos que o restante dos catarinenses 2f1q5c

Com os novos dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (8), foi possível traçar o perfil atualizado da população das favelas urbanas de SC e perceber que a maioria das pessoas marginalizadas são mulheres, jovens e pretas ou pardas.

Sombra de mulher negra em muro com a bandeira do Brasil pintadaMulheres negras e jovens são o perfil da população das favelas urbanas de SC – Foto: Reprodução/Gustavo Gomes/ND

Segundo o Censo, o estado tem 161 favelas e comunidades urbanas, distribuídas em 24 municípios. Ao todo, 109,2 mil catarinenses vivem nessas comunidades, o que representa 1,4% da população estadual. O percentual é o terceiro menor do país e perde apenas para Goiás (1,3%) e Mato Grosso do Sul (0,6%).

Mulheres jovens são a maioria da população das favelas urbanas de SC 2n5h1i

As mulheres representam a maioria da população das favelas urbanas de SC: elas são 54,8 mil (50,2%) das 109.227 pessoas, contra os 54,4 mil (49,8%) homens. O número segue tendência nacional, em que também há uma proporção maior de mulheres (51,7%).

Mapa da região em que ficam as favelas e comunidades urbanas em SC Região em que ficam as favelas e comunidades urbanas em SC – Foto: Reprodução/IBGE/ND

No entanto, dos 24 municípios catarinenses com favelas, os homens predominam em 16 deles, incluindo Blumenau, Biguaçu e Lages.

Além da maioria dos moradores das favelas urbanas ser feminina, elas também são jovens: 42,7% tem até 24 anos. A idade media dos moradores, calculada pelo IBGE, é de 28 anos, índice expressivamente menor que o nacional, de 35 anos.

Número que vai de encontro ao da população fora das comunidades, já que o estado tem uma proporção considerável de idosos, a quinta maior do Brasil.

Outro indicador que chama a atenção, aponta o IBGE, é o índice de envelhecimento, que também é muito menor nas favelas e comunidades (35,2) em relação ao índice total (83,2).

o à Favela da Lajota, no Bairro Ingleses; localidade que mais cresce na Ilha – Foto: Valeska Loreiro/ND/Divulgaçãoo à Favela da Lajota, no Bairro Ingleses; localidade que mais cresce na Ilha – Foto: Valeska Loreiro/ND/Divulgação

“Isso significa que, em favelas e comunidades urbanas, existem 35 idosos de 60 anos ou mais em cada grupo de 100 crianças de até 14 anos, enquanto na população residente total o número sobe para 83 idosos a cada 100 crianças”, explicou a entidade.

Mais que o dobro da população preta e parda de SC estão nas favelas 5k3v50

Em relação ao recorte por raça, o IBGE aponta que o percentual de pessoas pretas ou pardas nas favelas e comunidades urbanas catarinenses é de 47,5%, mais que o dobro do percentual na população total do estado, que é de 23,3%.

Pardos são 35,2% e pretos são 12,3% da população em favelas. O percentual de pessoas pretas é o triplo da população total (4,1%).

A população amarela representa 0,1% nas favelas, metade da parcela total do estado (0,2%), enquanto indígenas (0,3%) têm a mesma participação.

Tabela que mostra número o número da população das favelas urbanas de SC que são pretas, partas ou indígenasPopulação residente por cor ou raça nas favelas e comunidades urbanas em Santa Catarina – Foto: Reprodução/IBGE/ND

A taxa de analfabetismo entre os moradores de 15 anos ou mais de Santa Catarina (2,7%) é a menor do país, mas nas favelas do estado, o índice é quase o dobro (4,7%).

Das 81.820 pessoas de 15 anos ou mais morando nas favelas catarinenses, 77.961 pessoas são alfabetizadas e 3.859, não.

O IBGE entende como pessoa alfabetizada quem sabe ler e escrever pelo menos um bilhete simples ou uma lista de compras, no idioma que conhece, independentemente do fato de estar ou não frequentando escola e já ter concluído os períodos letivos.

população das favelas urbanas de SC

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