Como cumprimento a uma proposta do governo municipal de Criciúma, que prevê a derrubada de prédios antigos e que estejam oferecendo riscos à população, foi derrubado na manhã deste domingo o que restava de uma famosa área de prostituição da cidade. A “Maracangalha“, como era conhecida, foi ambiente de intensa circulação de pessoas nas décadas de 1960 e 70.

Desde meados do ano ado a istração municipal tem feito levantamento de edificações que estejam abandonadas e oferecendo riscos à população. Após a constatação do risco pela Defesa Civil, o proprietário é informado de prazo para limpeza do local. Decorrido este período, sem qualquer ação do dono, a prefeitura faz o serviço e lança o custo em dívida ativa do dono.
Uma nova ação neste sentido ocorreu na manhã deste domingo, mas desta vez afetando uma área que guarda parte da história da cidade. As casas que foram derrubadas, e que estavam abandonadas a quase duas décadas, serviram para um conjunto conhecido como “Maracangalha”. Assim era chamada a mais famosa zona de prostituição do sul do Estado. Ela foi totalmente extinta nos primeiros anos da década de 2000.
No auge da mineração do carvão, quando a cidade vivia tempos de abundância financeiro, naquele local encontravam-se muitos homens que buscavam a diversão fora do ambiente familiar.
Durante a operação de limpeza do local o prefeito Clésio Salvaro gravou um vídeo em que relembra a origem daquele pequeno núcleo residencial.
O nome “Maracangalha” era referência à música de Dorival Caymmi, feita no final da década de 1956, numa referência a um bairro de Salvador-BA, mas com um enredo que sugeria o mesmo que oferecia o conjunto de casas erguidas em Criciúma, a prostituição ou qualquer atividade extraconjugal.