Nem príncipe, nem rei: o homem que de fato morou no Palácio dos Príncipes, em ville 3a532o

Localizado na icônica rua das Palmeiras, o Palácio dos Príncipes chama a atenção moradores de ville — mas quem realmente viveu ali não foi nenhum príncipe

Quem morava no Palácio dos Príncipes? A história do homem que realmente viveu no casarãoQuem morava no Palácio dos Príncipes? A história do homem que realmente viveu no casarão em ville – Foto: Montagem/ND

A maioria dos moradores de ville já ou, pelo menos uma vez, em frente ao Palácio dos Príncipes e se perguntou: quem morava ali? Sabemos que a família real ligada à fundação da cidade nunca sequer pisou em ville. Então, afinal, quem viveu naquela casa?

O casarão, também conhecido como “Maison de ville”, hoje abriga o Museu Nacional de Imigração e Colonização. Mas, no ado, foi a residência oficial de Frédéric Brüstlein.

Quem foi Frédéric Brüstlein? 2v3i53

Brüstlein nasceu em 25 de maio de 1835, em Mulhouse, na região da Alsácia, França. Chegou ao Brasil em 23 de junho de 1863 com a missão de istrar as terras e os bens de Francisco d’Orléans, príncipe de ville, e Henrique, duque de Aumale.

Frédéric Brüstlein: o verdadeiro morador do Palácio – Foto: Divulgação/Arquivo Histórico/NDFrédéric Brüstlein: o verdadeiro morador do Palácio – Foto: Divulgação/Arquivo Histórico/ND

Sete anos depois, em 1870, construiu o Palácio dos Príncipes, o mesmo que hoje intriga quem a pela rua das Palmeiras. Em 6 de julho de 1875, foi nomeado Diretor da Colônia Dona Francisca, atual ville. Como , teve papel fundamental no desenvolvimento da cidade.

Foi ele quem solicitou ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro sementes de palmeiras imperiais, que mandou plantar onde hoje é a Alameda Brustlein, conhecida como rua das Palmeiras ou rua do Príncipe, espaço tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Rua das Palmeiras em 1893 - Divulgação/Arquivo Histórico/ND
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Rua das Palmeiras em 1893 - Divulgação/Arquivo Histórico/ND
Rua das Palmeiras em 1905 - Divulgação/Arquivo Histórico/ND
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Rua das Palmeiras em 1905 - Divulgação/Arquivo Histórico/ND

O Vapor Babitonga 4wf3g

Em 1878, Brüstlein comprou da França o Vapor Babitonga, primeira embarcação a motor a navegar em ville. Com 14 metros de comprimento e capacidade para até cinco toneladas, o barco foi autorizado pela Província de Santa Catarina a operar rotas entre São Francisco do Sul, ville e Paraty (atual Araquari). As atividades começaram oficialmente em 2 de junho de 1880, mesmo ano em que Brüstlein se naturalizou brasileiro.

O estaleiro e o Vapor Dona Francisca - Divulgação/Arquivo Histórico/ND
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O estaleiro e o Vapor Dona Francisca - Divulgação/Arquivo Histórico/ND
Vapor Babitonga - Divulgação/Arquivo Histórico/ND
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Vapor Babitonga - Divulgação/Arquivo Histórico/ND

Três anos depois, em 1883, ele construiu um estaleiro na cidade, onde fabricou sua segunda embarcação: o Vapor Dona Francisca, voltado ao transporte de ageiros.

Atuação política 2tc6s

Com forte atuação política, Brüstlein foi eleito deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina por duas vezes. Participou da 25ª Legislatura (1884-1885) e da 27ª (1888-1889), sendo eleito com 560 votos neste último mandato.

Também foi presidente da Câmara de ville entre 7 de janeiro de 1887 e 15 de janeiro de 1890. Depois, exerceu o cargo de Superintendente Municipal (o que seria hoje o cargo de prefeito) entre 16 de abril de 1895 e 6 de janeiro de 1899.

Frédéric Brüstlein morreu em 22 de fevereiro de 1911, no Palácio dos Príncipes, em ville, vítima de complicações causadas pela doença que estava acometido, arteriosclerose.

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