Entre festas religiosas e burocracias em cartórios, uma das decisões mais importantes para os casais, em especial para as noivas, é a decisão por trocar ou não de sobrenome depois do casamento. A questão contrapõe costumes, religião e o chamado empoderamento feminino.

Uma pesquisa publicada em 2020 por Simon Ducan, professor da Universidade de Bradford, no Reino Unido, aponta que cerca de 70% das noivas estadunidenses ainda optam pelo novo nome. Já no Brasil, não há números concretos sobre a quantidade de mulheres que optam por adotar ou não o nome do marido.
Por aqui, elas seguem avaliando as decisões, muitas vezes embasadas nas tradições, como é o caso da fisioterapeuta Alessandra Scheidt, de 26 anos, noiva de Deivid Trupel.
“Desde o início do nosso relacionamento temos essa questão de costumes […]. Ele também pediu a permissão para o meu pai antes de me pedir em casamento. No dia do meu aniversário, ele se ajoelhou para fazer o pedido. Gostamos dessa parte romântica de antigamente”, diz.
Contudo, ela revela que o exemplo não partiu dos pais. “Não é um costume dos meus pais. Eles casaram apenas no religioso, não teve casamento civil”.

Na contramão, mesmo aquelas que tiveram o referencial familiar sobre a questão, revelam não ter sido influenciadas, como conta a analista de qualidade Franciane da Silva, 28 anos, noiva de Ruan Carlos dos Santos.
“Todas as mulheres casadas na minha família, paterna e materna, incluíram o sobrenome do esposo. Há alguns casos em que a mulher tirou seu sobrenome de origem e manteve somente o do esposo. Minha mãe, quando se casou, não pode escolher entre colocar o sobrenome do meu pai ou não, por exemplo”, lembra. “Então, sempre achei que não era legal”.
Para a professora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas do Curso de História na UFSC, Joana Maria Pedro, a adoção do nome pode gerar alguns empecilhos.
“Com a urbanização, com as mudanças, com a luta das mulheres pelo direito de voto, empregos, salários, propriedades, educação e a conquista de profissões, significa que, se você fizer isso só depois de casada, você terá problemas em fazer um registro [no seu nome]”.
“Se torna um problema quando você faz isso solteira e depois a a adotar o nome de casada, já que é o sobrenome do marido que aparecerá nas produções. Como fica a identidade e o currículo dela"});// Remover os listeners após a execução document.removeEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);}document.addEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);});