Há 33 anos, no dia 17 de outubro de 1991, a chegada do Papa João Paulo II a Florianópolis marcava toda Santa Catarina e o país. Foi a primeira e única vez em que um líder mundial da Igreja Católica esteve no Estado, em um momento que, mesmo após três décadas, é lembrado com carinho.
A visita foi marcada pela beatificação de Madre Paulina, hoje Santa Paulina, que nasceu na Itália, mas viveu boa parte de sua vida em Nova Trento e teve seus milagres reconhecidos pela Igreja.
“Pelas ruas em que ele ava, havia um aglomerado de muitas pessoas para aplaudi-lo e cumprimentá-lo. Ele era detentor de um carisma que a minha geração não viu nada igual”, relembra o jornalista Moacir Pereira.
O padre Vilmar Vicente foi o coordenador da visita e conta que a organização levou cerca de um ano. “Ninguém está preparado para uma coisa assim, é complexo demais, não dá para errar”, conta.
Entre os pontos que chamaram a atenção na visita, esteve a preocupação e a facilidade com que o Papa se comunicou com os brasileiros. “Ele sempre teve a preocupação com as diversas línguas e conseguia se ‘defender’ bem em português”, destaca o padre Vilmar.
O Papa chegou a Florianópolis no início da noite de 17 de outubro e, após deixar o aeroporto, seguiu de helicóptero até a Academia da PM. Depois, de papamóvel, acenou para a multidão que o aguardava na avenida Beira-mar Norte e ou a noite no Colégio Catarinense.
A missa de beatificação da Madre Paulina, canonizada anos mais tarde, foi realizada no aterro da Baía Sul na manhã do dia seguinte. A imensa cruz de ferro trançado que marcou a celebração está atualmente no Santuário de Madre Paulina, em Nova Trento.