Cientista provoca reviravolta bíblica ao derrubar teoria milenar sobre o Jardim do Éden 1u5g12

Uma nova teoria sobre a localização do Jardim do Éden reacendeu um antigo debate entre estudiosos da arqueologia bíblica. Segundo o engenheiro de computação Konstantin Borisov, o “paraíso” descrito no livro de Gênesis pode ter existido no Egito, mais precisamente no local onde hoje está a Grande Pirâmide de Gizé.

A localização do Jardim do Éden 64z30

Esta teoria de Borisov contraria a hipótese mais tradicional, que associa o Éden à Mesopotâmia, região onde correm os rios Tigre e Eufrates.

Ele apresentou seu argumento em um artigo publicado em 2024 na revista Archaeological Discovery, defendendo que os quatro rios mencionados na Bíblia, Pisom, Giom, Tigre e Eufrates, podem, na verdade, corresponder aos rios Indo, Nilo, Tigre e Eufrates, respectivamente.

Essa interpretação se baseia em mapas medievais europeus, como o Hereford Mappa Mundi, que mostram um mundo circular cercado por um rio chamado “Oceano”, com o Éden localizado no topo do desenho.

Borisov aponta que, de acordo com representações antigas, os quatro rios “brotariam” desse oceano, um paralelo ao trecho bíblico que descreve um rio se dividindo em quatro braços para irrigar o jardim.

Ele também cita o historiador romano-judeu Tito Flávio Josefo, que relacionou o Pisom ao rio Ganges, e reafirma que, segundo essa visão, o Jardim do Éden seria abastecido por um rio central, não por todos os quatro diretamente.

Isso reforçaria a ideia de que o Éden estaria ligado simbolicamente ao “Oceano” mítico que circundava o mundo conhecido na Antiguidade.

Controvérsias 27146t

A parte mais controversa da teoria, no entanto, é a associação entre a Árvore da Vida e a Grande Pirâmide de Gizé.

Borisov sugere que o local onde hoje está a pirâmide teria sido, no ado remoto, o mesmo onde floresceu essa árvore sagrada, que segundo a Bíblia daria vida eterna a quem dela comesse.

A estrutura milenar tem sido alvo de especulações ao longo dos anos.

Em 2012, uma simulação de computador feita por pesquisadores detectou uma concentração de partículas carregadas no topo da pirâmide, algo que Borisov usa para reforçar sua associação simbólica com a “Árvore da Vida”.

Apesar de não haver qualquer evidência concreta da existência do Jardim do Éden, a proposta de Borisov soma-se a um longo histórico de hipóteses que tentam localizar fisicamente o paraíso bíblico.

Além do Iraque, outras sugestões já apontaram para regiões tão distantes quanto Irã, Mongólia e até mesmo a Flórida, nos Estados Unidos.

Para Borisov, seguir o “curso do Oceano” mitológico que circunda o mundo antigo seria o caminho mais promissor para identificar a localização original do Éden.

No entanto, ele mesmo reconhece: ainda será necessário muito mais para comprovar sua tese.