Neste sábado (1º) os olhos do mundo da corrida estarão voltados para Florianópolis, onde ocorre a 26ª edição da Volta à Ilha. O evento, que já se consolidou como um dos mais importantes do calendário de corridas do país, tem um percurso desafiador de 140 km, que é realizado em revezamentos de equipes que envolvem atletas de diversos estados brasileiros e também de outros países.
A história, os bastidores e toda a preparação para o evento foi o tema do segundo episódio do podcast “Vá para Corrida”, que contou com a presença do professor e idealizador do evento, Carlos Roberto Duarte, da EcoFloripa, junto com Danilo Caboclo, o educador físico Sôca Moisés e Henrique Zanotto, apresentador da NDTV.

A corrida é feita em equipes, no que é definido pelo professor Danilo Caboclo como “uma congregação do esporte”. Ele ressalta, ainda, que é a prova “com um dos percursos mais bonitos do Brasil”.
Carlos Roberto Duarte é o idealizador do evento. Ele conta que ainda nos anos 90 participou de uma corrida de revezamento nos Estados Unidos, e sentiu falta de mais organizações parecidas no Brasil.
Certo dia, andando por Florianópolis, teve o ‘estalo’ que deu origem à prova de volta à Ilha. No entanto, teve desafios para conseguir organizar a primeira edição, vista como uma “loucura tamanha” por responsáveis de associações.

Para ele, o principal triunfo do evento é a interação com a equipe. “É o grupo, é a convivência, não é só a corrida. Você fica 15, 16 horas convivendo com seus amigos”, reforça Carlos Roberto.
Segundo Caboclo, “todo mundo deveria ter a experiência de participar de uma van do volta à Ilha”.
“Mudou minha vida”: Henrique Zanotto fará trajeto mais difícil tq3x
A prova é dividida em graus de dificuldade para cada percurso. Na equipe do ND, o papel de correr o trajeto com o maior nível de dificuldade é do jornalista Henrique Zanotto.
“Eu era uma daquelas pessoas que estava do outro lado do muro. Eu ficava tentando entender o que levava as pessoas a acordar na madrugada de sábado para correr, se desgastar. Eu pulei o muro, e hoje eu entendi. E realmente mudou a minha vida. Só tem a ganhar. Mais do que a questão física, melhorou meu psicológico”, relata o jornalista.
Para o educador físico Sôca Moisés, um dos grandes fatores da prova é o quanto ela é “democrática”.
“Você pode ter dos mais experientes até iniciantes na mesma equipe. Tem percursos de todo tipo, asfalto, trilha, praia”.
Ao todo, são 140 km de prova, no percurso que dá uma volta completa pela Ilha de Santa Catarina. A retirada dos ‘kits’ teve início na quinta-feira (30).
A largada está marcada para às 4h30 deste sábado (1ª), no trapiche da Beira-Mar Norte.
