Acredito que, a exceção do Dazaranha, não assistimos a um fenômeno musical no Estado tal qual a Camerata Florianópolis.
O grupo completa 30 anos nesta quarta (10/01), curiosamente um ano após o Daza, com o qual também dividiu o palco em um dos projetos mais bem-sucedidos da história recente.

São dois colossos nascidos em Florianópolis e que conseguiram conquistar mais que a simpatia do público. É quase que uma devoção.
A Camerata trilhou uma jornada audaciosa (que se mostrou vitoriosa) ao popularizar o seu formato sinfônico para estilos contemporâneos da música, indo do pop, rock, reggae, samba, eletrônico ao regional.

Se conectou com artistas de outros gêneros e buscou integrar-se com a produção musical catarinense – Dazaranha, Expresso Rural, e especiais com bandas do Estado (“Nossa Música SC”).
Teve em seu palco grandes nomes nacionais como Lenine, Mart’nália, Toquinho, Zeca Baleiro e outros. Foi parar no palco do Rock In Rio em 2015 junto com o guitarrista norte-americano Steve Vai.
Chega em 2024 com a marca de 30 temporadas de concertos, mais de 1,5 mil apresentações, além de duas dezenas de trabalhos gravados entre DVDs e CDs. Fato é que, com isso, a Camerata revigorou também o público para a própria música erudita e clássica.
Há cerca de sete anos eu percorri parte do Estado para um projeto de Estado voltado para a circulação da produção artística em cidades de todas as regiões.
Não houve um município em que eu não ouvisse o pedido de algum prefeito ou gestor e gestora de cultura para ter a Camerata na sua cidade – infelizmente não era essa o objetivo do meu projeto.
Mas é só para trazer uma outra nuance sobre a dimensão do trabalho da Camerata, que já percorreu, segundo os cálculos da própria, mais de 60% dos municípios do Estado. Fora as turnês pelo país e exterior.
Para Camerata Florianópolis, o céu é o limite! 5uu6j
Agora o que o futuro reserva para os próximos 30 anos de Camerata? Ela já provou que o céu é o limite.
Mas em homenagem ao seu fundador, o maestro Jeferson Dell Rocca, que é fã de Pink Floyd e cujo avô foi o pioneiro das trilhas ao vivo em cinema no Estado, e a todos os músicos da Camerata, reproduzo o show de 2015 no Rock In Rio, junto com Steve Vai: