Tenho uma filha de 6 anos que adora ouvir histórias na hora de dormir. O “combinado” aqui em casa é esse: escovar os dentes, ar o fio-dental, bochecho, beijo na mãe, cama, rezar, história e soninho. Parece complicado e geralmente é. O detalhe é que ela anda exigente nos últimos tempos. Antes eu lia uma historinha de um livro e ela amava; depois começou a pedir histórias “inventadas da cabeça, pai”. Por mais de um ano, criamos juntos personagens, situações e aventuras. Eu achava o máximo. Que saudade.

Nas últimas semanas ela começou a “cobrar’ uma melhor interpretação minha, das vozes e características dos personagens inventados. “Pai, o Jací não fala assim com essa voz. É mais alto. Outra coisa pai, você tá trocando as vozes, esse não é o Juquinha”. Ok, entendido. Vamos para o take 2. Faz uns três dias, que ela elevou o nível da criatividade, pedindo para eu contar “histórias verdadeiras tuas e da mamãe que aconteceram quando eu não era nascida”. Boa sorte aos futuros papais.

Interino: Marcelo Cabral