O maestro do primeiro evento-teste de Santa Catarina 4s5b3v

Jeferson Della Rocca fala sobre a apresentação da Camerata Florianópolis no próximo dia 15

O maestro Jeferson Della Rocca, da Camerata Florianópolis, vai comandar o concerto do próximo dia 15, que será o primeiro evento-teste em Santa Catarina. “Se puder resultar em novos protocolos que sirvam como base para uma gradual reabertura no segundo semestre a Camerata terá contribuído de alguma forma com o meio cultural como um todo”, afirma.

Jeferson Della Rocca, maestro da Camerata Florianópolis – Foto: Divulgação/NDJeferson Della Rocca, maestro da Camerata Florianópolis – Foto: Divulgação/ND

Qual a expectativa para o evento-teste do próximo dia 15, em Florianópolis?
Todo o setor cultural a por uma dificuldade sem precedentes, com essa parada nos últimos 15 meses. No Brasil são cerca de 6 milhões de pessoas que sobrevivem da arte e dos eventos no Brasil.

Esse evento-teste, como os que aconteceram na Europa e Estados Unidos, vai servir como parâmetro para a definição de protocolos para atividades no segundo semestre.

Como vai ser o espetáculo que vocês estão preparando?
Escolhemos um programa de música erudita. Vamos tocar o concerto n5 de Beethoven “O imperador” e o concerto de Mendelssohn para violino e orquestra em ré menor.

Todos os protocolos e o próprio programa foram pensados para que se tenha o menor risco possível. É um repertório que o público não tem nenhum tipo de interação. Todos ficam em silêncio, sentados, parados. Tudo isso foi pensado com a intenção de minimizar qualquer risco. As portas do teatro também ficarão abertas durante o espetáculo para garantir ventilação.

Aliás, desde o ano ado temos um protocolo básico que é respeitado com todo rigor. Nossos cuidados têm funcionado, porque nenhum músico ou técnico da orquestra teve contágio desde o início da pandemia.

A Camerata, como todo mundo, teve que se reinventar desde o início da pandemia. Como foi esse processo?
Estávamos preparados para qualquer tipo de problema, mas surgir uma situação que te proíbe de trabalhar é difícil. A gente nunca imaginou se deparar com isso. Foi mais ou menos ensaio e erro, com recitais virtuais, financiamento coletivo, drive-in e lives. Tínhamos cerca de 60 espetáculos por ano e no ano ado conseguimos fazer 12.

O grande diferencial vai ser o reencontro com o público, presencialmente, mesmo que reduzido, não é?
A gente se emociona só de pensar. Nossa vida é isso. O artista que tem essa gasolina, o carinho do público, de repente ficar um ano e meio sem esse contato, é complicado.

Se o evento puder resultar em novos protocolos que sirvam como base para uma gradual reabertura no segundo semestre a Camerata terá contribuído de alguma forma com o meio cultural como um todo.

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