A partir do dia 1º de julho os litros da gasolina e do etanol voltam a receber encargos federais que vão elevar os valores em R$ 0,34 e R$ 0,22, respectivamente. Na Grande Florianópolis o Sindópolis (Sindicato dos Postos de Combustíveis de Florianópolis) acredita que o aumento já seja reado pelas distribuidoras ainda na sexta-feira (30).

De acordo com Joel Fernandes, vice-presidente do Sindópolis, normalmente as sextas-feiras os postos recebem os caminhões para manter as unidades abastecidas durante o fim de semana e, nesta sexta, o o valor já deve vir com alteração.
“Na quinta e sexta-feira as distribuidoras já devem vender o produto R$ 0,34 mais caro. Na sexta normalmente o posto compra para ar o fim de semana, então o valor já deve estar alterado antes do fim de semana”, afirmou Fernandes.
O presidente do sindicato não acredita num reviravolta que mantenha a isenção dos impostos federais por um tempo. “A única possibilidade é a Petrobras anunciar que vai reduzir alguns centavos no preço para o impacto não ser tão grande”, disse Joel.
O incremento, previsto no valor das bombas, ocorrerá por conta da volta total dos impostos federais sobre as fontes de energia. Em março, a reoneração ocorreu de maneira parcial. Agora, a parcela restante voltará a incidir.
Combustíveis 3r4vt
A medida foi planejada pelo governo Lula como uma forma de diminuir o impacto nos postos. A desoneração foi implementada pela istração ada, de Jair Bolsonaro, às vésperas das eleições.
Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), os encargos terão impacto total de aproximadamente R$ 0,68 no litro de gasolina. Serão R$ 0,07 de Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e R$ 0,61 de PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social).
Sobre o etanol, o crescimento de cobrança tributária diz respeito apenas ao Pis/Cofins.
A maior cobrança de impostos sobre os combustíveis acontece em meio à tentativa do governo federal de aumentar a arrecadação sem cortar gastos. A ideia é controlar as contas públicas. A regra fiscal proposta pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê aumento total de até R$ 150 bilhões nas receitas.