O secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, já sinalizou que o governo tem uma proposta de suspender a desoneração da cesta básica.

Dessa forma, o projeto que deve ser enviado ao Congresso Nacional ainda este ano, pode elevar o preço médio da cesta básica em 22,7%.
Segundo levantamento feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), com a cobrança de impostos, os produtos ficariam de 11,22% a 36,05% mais caros.
Se aprovado o projeto, ariam então compor o preço de itens da cesta básica:
- PIS (Programa de Integração Social)
- Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e
- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
Com isso, a carga tributária sobre 12 itens da cesta básica ficaria assim:
- Açúcar (30,61%);
- Arroz (17,24%);
- Banana (21,78%);
- Batata (11,22%);
- Café (16,52%);
- Carne (29%);
- Farinha (17,34%);
- Feijão (17,24%);
- Leite (18,65%);
- Manteiga (33,77%);
- Molho de tomate (36,05%) e
- Óleo (22,79%)
A fim de chegar a esse cálculo, João Eloi Olenike, presidente executivo do IBPT, considerou como base o preço da cesta básica de São Paulo, que hoje custa R$ 473,59.
Com o fim da desoneração, o valor subiria para R$ 581, ou seja, 59% do salário mínimo atual, que é de R$ 998.
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“Cada Estado tem a sua cesta básica. O governo alega que alguns incluíram produtos que não são consumidos pela população mais pobres e que a desoneração favorece apenas a classe média”, comenta Olenike.
Ele cita o caso do salmão, incluído na cesta básica do Rio de Janeiro, que todavia não está presente na mesa dos mais pobres.
“Se o governo não concorda com este item, ele pode substituí-lo por outro, não tributar a cesta inteira”, defende Olenike.