O comércio de rua do Centro de Florianópolis está dividido. Parte das lojas, sobretudo as esportivas, em clima de Copa do Mundo, aposta no verde e amarelo na decoração. Outra parcela, sem muitos produtos esportivos, já se voltou ao Papai Noel, deixando as vitrines mais natalinas.

Após a primeira semana de dezembro, o consenso entre eles é que o movimento está bacana e refletindo em aumento nas vendas. A menos de 20 dias para o Natal, tem muita gente se antecipando e levando os primeiros presentes.
As irmãs aposentadas Vanilda Maria Faustino dos os, 59 anos, e Edna Maria Faustino, 62, nativas e moradoras do Campeche, Sul da Ilha, saíram de casa por outras razões e Vanilda aproveitou o eio no Centro para agradar a uma amiga.

“Comprei um presentinho pra irmã Marlene, nossa coordenadora de catequese da arquidiocese”, conta. Além do mimo pra amiga, como está focada em economizar, a aposentada vai presentear apenas o marido, o filho e a nora.
Segundo Graziela da Silva, 38 anos, gerente de uma loja de roupas para gestantes, bebês e crianças, nos dias de jogo do Brasil, o movimento está caindo bastante. “Fica todo mundo baseado na Copa e se esquecem das compras”, afirma a comerciante.

Quando o jogo é às 16h, as funcionárias são dispensadas, porque não adianta reabrir às 18h. Quando é às 12h, elas retornam depois do jogo pra vender mais.
Ainda conforme Grazi, a expectativa em todo período de Natal é um incremento de 10% nas vendas. Como neste ano tem o impacto da Copa, negativo para loja onde trabalha, a meta é empatar com o Natal ado.

“Virou o mês e o movimento melhorou bastante pra nós, tirando os dias de Copa”, explica. “Tem Natal que é o dos baratinhos, mas esse tá bem bom, com nossos clientes num ticket médio de R$ 500”, completa.
O casal Luis Roberto Marques, 59 anos, e Sandra Marques tem uma loja de camisetas de clubes e seleções de futebol. Ele tem comércio há duas décadas, mas está começando agora a trabalhar com material esportivo.
O comerciante Luis Marques descreve o sucesso de vendas com a Copa – Vídeo: Nícolas Horácio/ND
“Deveria ter mudado de ramo antes. Agora com a Copa deu uma incrementada boa. Quando começou a Copa, vendemos muita camisa, principalmente a azul”, revela Luis.
A estudante Maria Rita Cardoso, 18 anos, por exemplo, não deu sorte. Na quarta-feira (7), ou por três lojas no Centro e não encontrou um modelo do seu tamanho.

Vai seguir a procura, mas sem muitas expectativas. “Se não achar, tudo bem. Agora vou jogar para o universo”, brinca a jovem torcedora.
A analista de negócios Tamires Alves de Morais, 29 anos, estava comprando uma das últimas camisetas da seleção disponíveis na loja do Luis.

Empolgada com a seleção, Tamires resolveu garantir seu manto verde e amarelo para torcer pelo país no futebol. Na hora do jogo, ela faz como milhões de brasileiros: para tudo e rumo ao hexa, Brasil.