Diante da avaliação sobre a retomada do horário de verão pelo Governo Federal, associações de empresas aéreas divulgaram nota manifestando preocupação com a medida nesta terça-feira (24). Elas pedem um prazo mínimo de 180 dias para se adaptarem ao novo horário, caso seja adotado.

“A entrada súbita do horário de verão causará, por parte das empresas aéreas brasileiras, alterações de horários em cidades brasileiras e internacionais que não aderem à nova hora legal de Brasília. Isso mudará a hora de saída/chegada dos voos, podendo gerar a perda do embarque pelos clientes por apresentação tardia e eventual perda de conectividade”, diz o comunicado.
A nota é assinada pela Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), pela Alta (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), pela IATA (International Air Transport Association) e pela Jurcaib (Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil).
“A falta de comunicação prévia para que as empresas aéreas ajustem os horários de voos e conexões, cuidadosamente definidos e já em comercialização desde o início do ano, pode resultar em grandes transtornos para a sociedade, especialmente durante a temporada de verão e festas de final de ano”, complementa a nota.
Horário de verão segue em avaliação pelo Governo Federal nv2x
O Governo Federal segue avaliando a retomada do horário de verão. A adoção poderia trazer benefícios à economia e à operação do Sistema Integrado Nacional diante do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras.
Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a retomada do horário de versão poderia gerar economia de aproximadamente R$ 400 milhões entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025.
Além disso, promoveria maior eficiência à operação em horários de pico, principalmente entre 18h e 20h. A expectativa é que o governo divulgue a decisão até o fim deste mês.
*Com informações da Agência Brasil.