Que Florianópolis é composta por vários bairros e regiões completamente independentes, com vida própria e ofertando todos os tipos de serviços aos moradores e turistas, a gente sabe. Agora, um lugar praticamente no coração da Ilha de Santa Catarina é especial quando se pensa em qualidade e quantidade de serviços à população. Estou falando dos cerca de 2,5 km da avenida Madre Benvenuta, que liga a SC-404, no bairro Itacorubi, à Trindade.

Podemos dizer que a via se tornou uma verdadeira alameda de serviços e de gastronomia, reunindo um vai e vem de pessoas 24 horas por dia, sete dias por semana. É claro que o Floripa 350 foi até lá conferir tudo o que a avenida Madre Benvenuta tem a oferecer.
Foram duas visitas: a primeira da jornalista Thainá Klock, foi no final de uma sexta-feira. Ela foi conferir a pé, na companhia do fotógrafo Leo Munhoz, o que rolava por lá. Confira como foi o eio por lá:
Já no domingo seguinte, este jornalista que vos escreve pedalou pela ciclovia construída durante a pandemia da Covid-19 (muito bem sinalizada, diga-se de agem) em busca de histórias dos clientes, moradores, turistas e de quem faz da Madre Benvenuta essa via pulsante que é.
Uma pedalada em busca de histórias
Depois de um sábado e início de domingo muito chuvoso em Florianópolis, eis que o tempo dá uma firmada. Decido então pegar a bike e ir até a avenida Madre Benvenuta em busca de alguém que, assim como eu, queria aproveitar o final do fim de semana.
O pedal começou partindo da Udesc (Universidade do Oeste de Santa Catarina). Aí, esteja talvez, a grande propulsora da enorme diversidade da via. Durante a semana, o trânsito dos alunos é imenso e movimenta o comércio, principalmente o gastronômico. Não era o caso deste domingo, quando a universidade estava fechada. Mesmo assim, a Madre Benvenuta estava cheia.

Na pedalada, cruzei com mais de duas revendas de veículos, lojas de utensílios para casa e decoração, papelaria, áreas de lazer, base da Polícia Militar, academia, pelo menos três farmácias e uma dezena de bares, restaurantes, pubs, lanchonetes e, já próximo à Beira-Mar Norte, um shopping center.
É bem como a Thainá mostrou nas redes sociais da NDTV, o que não falta são opções para se aproveitar na avenida Madre Benvenuta.
Da moça da floricultura à antiga moradora
Na metade da pedalada percebo que, em pleno fim de tarde de domingo, uma moça trabalha, ajeitando cuidadosamente as flores e arranjos de uma floricultura. Decido descobrir quem é a mulher. É a simpática Renata Wolf, 25 anos.
Ela trabalha na avenida Madre Benvenuta há dois anos e meio. “A gente tá sempre aqui. A floricultura é 24 horas. Sim, 24 horas de portas abertas para receber a população a qualquer hora do dia ou da noite”, diz a jovem entre o ajeitamento de um e outro arranjo.
“O movimento na Madre Benvenuta é sempre grande. Bom para as vendas e para quem quer aproveitar o dia da Capital em um lugar que tem de tudo”, finaliza.
Volto a pedalar e, há poucos metros dali, cruzo com um casal que tranquilamente aproveita do domingo para caminhar na avenida. É o autônomo Mauro Piconi, 59 anos, e a companheira, Claudia Piconi, 50, que é pedagoga.
“Aqui é muito bacana porque temos uma infinidade de serviços num mesmo lugar. Floripa é assim, temos ruas parecidas no Norte da Ilha, no Campeche, mas esta é a mais central e movimentada, com certeza”, afirma Claudia.
Deixo o casal seguir seu eio e, na mesma esquina, próximo à base da Polícia Militar encontro uma mãe ao lado da filha, em um eio. A mulher, de 53 anos, é a professora Sandra Ensslin, que vive nos arredores da avenida há 23 anos.
“Sou moradora do Parque São Jorge há 23 anos. Pude acompanhar bastante o desenvolvimento da avenida Madre Benvenuta. Sem dúvidas é uma avenida muito importante, não só aos moradores, mas para a cidade. Nós, que vivemos aqui, ganhamos muito com o leque de serviços e opções gastronômicas da avenida. Mas, em contrapartida, sofremos com o trânsito, que nos horários de pico é bastante intenso”, revela Sandra.
Ela continua falando que “é muito bom ter a via praticamente na porta de casa. Depois da reforma feita há alguns anos, da construção da ciclovia e adequação das calçadas ficou ótimo para ear. Recomendo”, finaliza a moradora.
Eu também finalizo a pedalada pela avenida Madre Benvenuta ando pelo shopping e seguindo pela Beira-Mar Norte, com a certeza de que voltarei logo para aproveitar as lanchonetes, as sorveterias, os bistrôs, ou mesmo a vista do manguezal do Itacorubi – o segundo maior manguezal urbano do País, que fica ao lado da avenida.

Floripa 350
O projeto Floripa 350 é uma iniciativa do Grupo ND em comemoração ao aniversário de 350 anos de Florianópolis. Ao longo de dez meses, reportagens especiais sobre a cultura, o desenvolvimento e personalidades da cidade serão publicadas e exibidas no jornal ND, no portal ND+ e na NDTV RecordTV.