Santa Catarina registrou crescimento de 2,2% na atividade econômica, em comparação ao mesmo período de 2021, especialmente por conta das atividades de Serviços. Além disso, o resultado ficou em próximo da média nacional de 2,5%, conforme aponta o observatório da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina).

De acordo com o índice de atividade econômica, que foi divulgado na última segunda-feira (3), a indústria catarinense mostra sinais de aceleração nos últimos meses, reduzindo a queda no acumulado do ano, com a 4ª alta mensal consecutiva em julho.
“Estamos em pleno ritmo de produção, contribuindo com a geração de emprego e renda no estado e o empresário industrial tem uma contribuição importante nesse resultado, pois onde há indústria, há desenvolvimento econômico”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
O observatório aponta que o movimento reflete a normalização gradativa da oferta global de insumos industriais, além da retomada de segmentos da indústria como o de máquinas e equipamentos, produtos de plástico e automotivo.
O setor de Serviços segue orientando o crescimento da atividade econômica no Brasil e em Santa Catarina no curto prazo, impulsionando, especialmente, pelos serviços prestados Às famílias, que incluem atividades como alojamento, alimentação, cuidados pessoais e educação.
Confira a variação acumulada no ano até julho, em comparação com o mesmo período do ano anterior:
O que diferencia o estado é que o volume desses serviços está em patamar 11,8% acima do período pré pandemia, enquanto, na média nacional, o nível encontra-se 6% abaixo.
O consumo das famílias também é fomentado pelas atividades turísticas, que cresceram 42,1% no acumulado do ano em Santa Catarina, superando o patamar registrado antes da pandemia.
No Brasil, as atividades se Serviços que mais cresceram foram os transportes aéreos (46,6%), que corrobora o crescimento das atividades turísticas no estado.

As atividades das indústrias de alimentos, incentivadas pelo aumento das vendas externas de carnes de aves e suína, bem como pelas exportações de insumos da construção para os Estados Unidos também registraram expansão na atividade catarinense.
“Na variação mensal, a economia catarinense cresceu 0,6%, o que representa a sétima alta consecutiva. No comércio ampliado, houve alta de 3,1% no acumulado do ano, enquanto a média nacional registrou queda de 0,8%. O setor vem sendo incentivado pelas vendas de veículos, motocicletas, peças e órios, categoria mais representativa do setor automotivo no estado”, destacou a economista do Observatório Fiesc, Mariana Guedes.
Com a retomada do trabalho presencial, as vendas de equipamentos de escritório, informática e de livros, jornais e revistas registram as maiores taxas de crescimento no acumulado do ano.
Outro destaque importante foram as vendas de combustíveis e lubrificantes, cujo crescimento reflete as recentes medidas de redução dos tributos federais sobre combustíveis, em vigor desde meados de junho.