O horário de verão não irá voltar, decidiu o Governo Federal após reunião do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com a pasta técnica. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (16) em coletiva de imprensa e teve aval do presidente Lula.

Na reunião, o Governo Federal decidiu que não há necessidade de adotar o horário de verão ainda em 2024. Segundo análises feitas por técnicos da pasta, a volta do período chuvoso vai assegurar que os reservatórios estejam abastecidos para garantir a geração de energia nas hidrelétricas.
Seca extrema está no centro da questão 6an5c
Conforme estudo feito pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o país a pela maior seca 1950. A baixa quantidade de chuvas no Brasil interfere nos níveis de água das hidrelétricas, que correspondem a cerca de 90% da produção de energia elétrica no país.
A baixa nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras, que atingiram o em setembro menor índice dos últimos três anos, fez a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciar o aumento na bandeira tarifária da conta de luz, para que a população consuma menos energia nesse período.
Apesar de o vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio ministro Silveira já terem afirmado que o Brasil não terá uma crise energética em 2024, um relatório do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) aponta uma economia em torno de R$ 400 milhões com o retorno do horário de verão, considerando que o atraso do relógio em uma hora proporciona maior exposição da energia solar em comércios, residências, indústrias e iluminação pública.
Horário de verão deixou de ser adotado no Brasil em 2019 1d5n4g
Usado pela primeira vez no Brasil em 1931, o horário de verão ou a ser uma medida permanente em 2008. Todos os anos, a mudança no horário era a partir do primeiro domingo do mês de novembro até o terceiro domingo do mês de fevereiro do ano seguinte.
No horário de verão, os relógios são adiantados em uma hora para reduzir o consumo de energia elétrica, especialmente nos horários de pico. Um dos intuitos é aproveitar mais a luz do dia.
Em 2019, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliou que a política não cumpria mais o propósito para o qual tinha sido desenhada, alegando que os hábitos de consumo de energia dos brasileiros mudaram.
A medida, caso retorne, vale para Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
*Com informações da Agência Brasil