Após um mês marcado por quedas constantes no Ibovespa, a bolsa de valores brasileira (B3) teve a maior alta diária dos últimos 6 meses na última sexta-feira (3). Da mesma forma, o dólar fechou o dia abaixo dos R$ 4,90 pela primeira vez em 40 dias.
Dados econômicos dos EUA vão mal e dólar cai 2,88% em novembro 2t48e
Os bons resultados do mercado financeiro e cambial do Brasil se deram por conta da divulgação de dados fracos referentes à economia dos Estados Unidos. O payroll, principal relatório de empregos dos EUA, revelou números abaixo das projeções do mercado.

Dessa forma, o dólar comercial encerrou a sexta-feira (3) sendo vendido a R$ 4,896, queda de R$ 0,068 (1,54%). A moeda abriu o dia em baixa e intensificou a queda após a publicação de dados norte-americanos. A mínima do dia conforme a Agência Brasil foi de R$ 4,87, por volta das 9h50.
O resultado de sexta acumulou uma queda de 2,88% do dólar apenas nos três primeiros dias de novembro. Ao longo do ano, a moeda estadunidense emplaca uma baixa de 7,03%, atingindo atualmente o menor valor desde 20 de setembro, quando fechou o dia a R$ 4,88.
Bolsa atinge maior alta diária dos últimos 6 meses 5g166o
No mercado de ações, a sexta-feira foi marcada por fortes ganhos e o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 118.160 pontos, representando alta de 2,7%. Esse foi o maior ganho diário desde 5 de maio e o nível mais alto desde 20 de setembro.
Com a divulgação de que a economia norte-americana criou menos empregos que o previsto em outubro, em todo o planeta o dólar caiu e as bolsas subiram. No mês ado, os Estados Unidos abriram 150 mil postos de trabalho, menos que os 180 mil previstos pelo mercado.
Em Nova York, por exemplo, as bolsas S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 5,85%, 5,07%, 6,61%, respectivamente. A informação é do portal E-Investidor.
Já conforme a Agência Brasil, a notícia reduziu as expectativas de que o FED (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, eleve os juros básicos do país antes do fim do ano. Isso porque os números abaixo do esperado indicam que a alta dos juros, em vigor desde o início de 2022, surtiram efeito para conter a inflação nos Estados Unidos.
Taxas menos altas em economias avançadas estimulam a aplicação de recursos em países emergentes, como o Brasil. Nos EUA, os juros foram mantidos pelo FED entre 5,25% e 5,5% ao ano, enquanto a economia brasileira recentemente baixou os juros para 12,25% ao ano.
*Com informações da Reuters, E-Investidor e Agência Brasil