Diogo de Souza

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Prefeitura de São José quer urgência para dobrar a taxa do lixo, mas explicação não convence 1h4x5y

Prefeitura de São José mandou para Câmara de Vereadores um Projeto de Lei Complementar que reajusta os valores da taxa do lixo para o dobro das atuais alíquotas 5m3o5i

Segue repercutindo o aumento na taxa de lixo do município de São José. Na última semana a prefeitura de São José protocolou um PLC (Projeto de Lei Complementar) que altera o Código Tributário em vigor, onde os valores do lixo dobram.

Serviços serão prestados por meio de concessão e não mais por contrato emergencial - Divulgação/PMSJ/ND
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Serviços serão prestados por meio de concessão e não mais por contrato emergencial - Divulgação/PMSJ/ND
Lixo descartado irregularmente no local - Diogo de Souza/ND
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Lixo descartado irregularmente no local - Diogo de Souza/ND

Nesta sexta-feira (6) a prefeitura, em nota, explicou o “crescimento demográfico”, bem como “coleta e destinação dos resíduos sólidos” que tem aumentado anualmente, entre as justificativas para a proposta que aumenta a taxa do lixo.

Na metodologia proposta, o município prevê um reajuste a tabela do código tributário de 1,05% a  2,10% no caso de residência. No caso de estabelecimentos comerciais, essa alíquota está fixada em 2,10% e vai ar a valer 4,10%.

Os valores, segundo a prefeitura, chegam para “corrigir a defasagem” já que, segundo o Executivo, esse ano terá que bancar um déficit superior a R$ 7 milhões à empresa responsável pela coleta.

Entre as justificativas, o município cita o aumento populacional dos últimos anos, além de comparar com as taxas de outros municípios:

“O valor para coleta de resíduos três vezes por semana de um imóvel residencial em Florianópolis é três vezes maior que a taxa em São José. Em ville e Palhoça, a taxa de lixo para o mesmo imóvel é o dobro. A proposta em análise na Câmara moderniza a cobrança, facilita a fiscalização da receita municipal, torna o contrato mais equilibrado e justo para as partes, além de viabilizar alternativas verdes para São José”

O PLC, que está na Câmara de Vereadores, foi protocolado em regime de urgência, o que levantou mais indignação por dos moradores que se manifestam em diferentes segmentos da sociedade.

Abrasel diz que “é inissível” h6f48

A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) enviou uma nota para manifestar a contrariedade ao aumento. A Associação fala em “aumento desproporcional e injusto, que penaliza bares, restaurantes e toda a população da cidade”.

A entidade ainda questiona um artigo embutido no PLC que concede ao Executivo o poder de reajustar anualmente a taxa por meio de decreto, e não mais pela Câmara de Vereadores do município.

“É inissível que um aumento tão expressivo seja imposto sem justificativa clara e sem diálogo com os setores produtivos e a sociedade”, Oafirma Juliana Debastiani, presidente da Abrasel-SC.

“Mais grave ainda é a tentativa de concentrar poder no Executivo, retirando do Legislativo a função de fiscalizar e aprovar medidas que afetam diretamente a população.”

A entidade finaliza apelando aos vereadores que votem contra tal aumento, em sessão ordinária prevista para esta semana.

O que diz a prefeitura 4h1g6j

Com o crescimento demográfico de São José, a demanda pela coleta e destinação dos resíduos sólidos aumenta ano a ano. A população josefense gerou, até outubro deste ano, cerca de 64 toneladas de lixo comum e reciclável — podendo superar, até dezembro, as 74 mil toneladas coletadas em 2023. A taxa de lixo paga pelos cidadãos garante que todo o resíduo, coletado na porta de casa ou dos estabelecimentos comerciais, receba a destinação correta, garantindo preservação ambiental e ruas limpas em São José.

Atualmente, a coleta de lixo em São José é operada por concessão pública, pela empresa Ambiental há dez anos. Todas as regiões são atendidas, no mínimo, três vezes por semana pela coleta de resíduos comuns. Além de manter o sistema, o valor pode ser destinado para abertura de mais um Ponto de Entrega Voluntária (PEV), na ampliação e renovação da frota de caminhões, contratação de pessoal e modernização do sistema como um todo, buscando alternativas sustentáveis para a cidade.

No entanto, o sistema está operando com déficit financeiro. Neste ano, o serviço apresenta um déficit de R$ 7,2 milhões, fazendo com que o município precise subsidiar a empresa. A diferença entre a arrecadação e os custos do serviço deve ser ainda maior em 2025, conforme projeta a Secretaria de Receita.

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