Nesta segunda-feira (14), Santa Catarina celebrou o anúncio feito pela Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, sobre a abertura do mercado do Canadá para as exportações brasileiras de carnes bovina e suína. Isso porque, segundo o governo, a concessão tem caráter de exclusividade para o Estado por conta das condições sanitárias do rebanho catarinense.

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) esclareceu em nota que inicialmente a abertura é válida somente para os estabelecimentos sob inspeção federal em Santa Catarina, pois na época da solicitação, o Estado era o único reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação pela OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), critério estabelecido pelas autoridades canadenses. Portanto, as negociações seguirão para a inclusão futura de novas áreas já reconhecidas com o mesmo status.

Segundo o gerente executivo do Sindicarne SC (Sindicato da Indústria da Carne e Derivados de Santa Catarina), Jorge de Lima, o mercado canadense é um dos mais exigentes do mundo, juntamente com Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, que já são importadores da carne suína catarinense
“Estamos preparados para atender o Canadá com excelência e sanidade. Essa notícia vem em muito boa hora e esperamos poder fomentar nosso setor, numa retomada de crescimento da economia mundial. Em breve, pretendemos ter um incremento de renda, de produção e na produtividade. Sempre respeitando os pilares de sanidade, nutrição e genética, em consonância com as regras ambientais. Isso nos habilita a ar um mercado tão importante quanto o canadense”, destaca Jorge.
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Segundo dados da ABPA, as exportações de carne suína catarinense representam um pouco mais que 50% dos embarques do setor no Brasil. Em 2021, as agroindústrias estaduais embarcaram 578,5 mil toneladas do produto a 67 países, entre eles, os mais exigentes e competitivos do mundo. No último ano, as vendas internacionais geraram receitas de US$ 1,4 bilhão.
Apesar da exportação recorde em 2021, a atividade iniciou 2022 de forma preocupante em razão dos custos de produção.
“O agronegócio catarinense a por grandes desafios com a alta nos custos de produção e esta notícia nos traz a certeza da competência e da qualidade dos nossos produtos. Mais uma vez, Santa Catarina se destaca internacionalmente pela excelência sanitária do seu rebanho, um trabalho de décadas que se traduz em mais renda, emprego e qualidade de vida em todo o estado”, ressalta o secretário da Agricultura de Santa Catarina, Altair Silva.