Florianópolis é a líder no Brasil no quesito economia criativa, apontou o IDPEC (Índice de Desenvolvimento Potencial da Economia Criativa). Em uma escala de 0 a 1, a Capital catarinense tem um índice de 0,85, promovido por fatores como talento, conexões, ambiente cultural e empreendedorismo.

A Capital liderou separadamente nas categorias levadas em consideração para mensurar o potencial do setor nas capitais brasileiras. Florianópolis marcou 0,9 na Dimensão Talento e 0,7 tanto na Dimensão Atratividade e Conexões quanto na Dimensão Ambiente Cultural e Empreendedorismo Criativo.
Além de Florianópolis, as cidades de Vitória, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba também figuraram no top 5 do ranking.
O resultado superou cidades como São Paulo, que está localizado na região Sudeste, que lidera em número de empresas de economia criativa, com mais de 56 mil negócios no ramo.
- Florianópolis: 0,85
- Vitória: 0,71
- São Paulo: 0,68
- Rio de Janeiro: 0,65
- Curitiba: 0,61
Economia criativa vai gerar 1 milhão de empregos até 2030 2u392k
A economia criativa irá gerar um milhão de novos empregos até 2030. Aumento este que elevará, em consequência, a atual participação de 3,11% do setor no PIB (Produto Interno Bruto).
As informações são do ONI (Observatório Nacional da Indústria), núcleo de inteligência e análise de dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria)
A economia criativa emprega hoje 7,4 milhões de trabalhadores no Brasil, segundo dados da PNAD contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para o 4º trimestre de 2022. O volume pode subir para 8,4 milhões em 2030.
Para a Agência Brasil, o gerente-executivo do Observatório, Márcio Guerra, o crescimento é resultado de uma necessidade de inovação e criatividade em conteúdos digitais.
“Isso está associado a uma necessidade de sobrevivência e inovação na sociedade como um todo. Não só na indústria”, pontuou. “Essa cultura digital deve impulsionar essa demanda de forma significativa, nos próximos anos.”
Perfil de emprego e trabalhador da economia criativa 4b2w
Guerra explicou que o aumento do número de empregos projetado para a economia criativa ocorrerá tanto no mercado formal, com carteira assinada, como no informal.
O levantamento do observatório mostra que os profissionais da economia criativa possuem, em média, 1,8 ano de estudo a mais que os demais e recebem salários 50% maiores do que os profissionais de outras áreas. O salário médio do profissional da economia criativa é R$ 4.018, enquanto dos demais setores fica em torno de R$ 2.691.
Os salários mais altos são encontrados na parte de produção cultural e de criatividade relacionada à tecnologia, incluindo produção de aplicativos, desenvolvimento de softwares (programas de computador), design, desenvolvedores de games (jogos).
No entanto, segundo o IDPEC, o fato de capitais do Sudeste e do Sul do Brasil ocuparem 7 das 8 primeiras posições na Dimensão Talento revela a enorme desigualdade regional no país, particularmente em relação à educação básica e superior.
Microempresas puxam crescimento da economia criativa 3v2f5s
Dentre os estabelecimentos da economia criativa no Brasil, 111,2 mil estão concentrados em micro e pequenas empresas. As médias e grandes empresas juntas representam menos de 6 mil estabelecimentos.
Conforme o levantamento, há uma concentração elevada de empresas de economia criativa no Sudeste (56.222) e no Sul (31.643) do país.
Estabelecimentos da economia criativa por região 72594v
- Sudeste: 56.222
- Sul: 31.643
- Nordeste: 16.880
- Centro-oeste: 9.438
- Norte: 2.939
Setores que devem liderar a criação de empregos 2b3p5m
- Publicidade e serviços empresariais
- Desenvolvimento de softwares e serviços de TI
- Arquitetura
- Cinema, rádio e TV
- Design
Ocupações com o maior potencial de emprego 293b3i
- Publicitário e afins
- Trabalhadores das áreas da tecnologia da informação
- Desenvolvedores
- Trabalhadores da área da moda
- Desenhistas, artesão e afins
O que é economia criativa 4h5t2e
De acordo com o Sebrae, “economia criativa é um termo criado para nomear modelos de negócio ou gestão que se originam em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos com vistas à geração de trabalho e renda”.
“Diferentemente da economia tradicional, de manufatura, agricultura e comércio, a economia criativa, essencialmente, foca no potencial individual ou coletivo para produzir bens e serviços criativos. De acordo com as Nações Unidas, as atividades do setor estão baseadas no conhecimento e produzem bens tangíveis e intangíveis, intelectuais e artísticos, com conteúdo criativo e valor econômico”, explica o órgão.
Grande parte dessas atividades vem do setor de cultura, moda, design, música e artesanato. Outra parte é oriunda do setor de tecnologia e inovação, como o desenvolvimento de softwares, jogos eletrônicos e aparelhos de celular. Também estão incluídas as atividades de televisão, rádio, cinema e fotografia, além da expansão dos diferentes usos da internet (desde as novas formas de comunicação até seu uso mercadológico), por exemplo, ponta o Sebrae.