O governador Jorginho Mello anunciou nesta terça-feira (23) medidas para o desenvolvimento da pesca catarinense. Destaque para a parceria com a Univali (Universidade do Vale do Itajaí), com o objetivo de viabilizar maior o às informações do setor através de uma base de dados.

“O Governo tem que olhar para os que mais precisam e eu não tinha dúvida que ao criar a Secretaria de Aquicultura e Pesca a gente ia conseguir estar perto do pescador, aquele pequeno pescador que precisa de ajuda pra melhorar o barco, de melhores condições pra trabalhar, de mais qualidade de vida. É isso que estamos fazendo”, afirmou o governador Jorginho Mello.
Para o secretário Executivo de Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo, este é um momento único para toda a cadeia produtiva da pesca em Santa Catarina.
“O Estado está sendo pioneiro com um projeto de pesquisa que vai nos ajudar a trabalhar com a realidade dos dados, da ciência, gerando mais oportunidades. Essa conquista representa muito para a Secretaria e para o pescador catarinense que agora sabe que tem um lugar certo para tratar das pautas do setor”, destaca.
A subvenção, ou seja, um auxílio para o óleo diesel usado por embarcações catarinenses para pesca industrial e artesanal está entre as principais medidas anunciadas. Com valor de cerca de R$ 30 milhões, um documento já define quotas de óleo diesel, com crédito presumido do ICMS.
Governo do Estado fez parceria com universidades 3a72a
No campo da pesquisa, o Governo do Estado firmou parceria entre a Secretaria Executiva da Aquicultura e Pesca (SAQ), Epagri e a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) para viabilizar maior o às informações do setor.
A Universidade se comprometeu em disponibilizar no site do Observatório Agro Catarinense a sua base de dados sobre a pesca catarinense. Assim, os atores envolvidos ou interessados na cadeia produtiva da pesca poderão ar a plataforma e conhecer melhor a estruturação, dimensão e dinâmica do setor.
A SAQ também firmou parceria com a Udesc e a Fapesc no Projeto Biologia Populacional de Recursos Pesqueiros Catarinenses (Biopesca SC). A Udesc foi a vencedora de chamada pública aberta pelo Governo do Estado e irá coordenar um projeto de pesquisa biológica sobre peixes, camarões e siris em cinco pontos do litoral catarinense.

O estudo fará um levantamento de parâmetros populacionais dos animais, como crescimento, mortalidade, aspectos reprodutivos e trófico. Essas informações serão fornecidas para promover uma gestão pesqueira sustentável.
“A gente, como Fundação, vai poder subsidiar as decisões de permitir ou não, incentivar ou não determinadas modalidades de pesca por conhecer efetivamente o que está sendo pescado. Dessa forma, estamos preservando a pesca e a longevidade dessa atividade no estado”, explica o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto.
Foi assinado também um Termo de Autorização para o uso temporário de área no lago artificial do Sapiens Parque S.A., onde é feito o cultivo de tainha e robalo. Com a parceria, pretende-se realizar estudos científicos para mensurar a eficiência e a performance das espécies.
Santa Catarina é o maior produtor de ostras e mexilhões do Brasil, segundo dados do Governo do Estado, além de se destacar pela produção de sementes de ostras e ser o segundo maior produtor de algas, atrás apenas do Rio de Janeiro.
Com 31 mil piscicultores e uma produção anual que chega a 51 mil toneladas, a tilápia e a carpa estão entre as espécies que mais se destacam. O estado é o que tem o maior número de embarcações pesqueiras no Brasil, o maior número de empresas e o que detém cerca de 25% do total dos empregos do setor no país.
Participaram da solenidade no auditório da Secretaria de Estado de istração (SEA), em Florianópolis, além de secretários do governo, o presidente da Epagri, Dirceu Leite; o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto; os reitores da Udesc, Dilmar Bareta; e da Univali, Valdir Cechinel Filho; o presidente do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e região, Agnaldo dos Santos; e o representante da Fepesc, Ezequiel de Amorim.