A Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) se pronunciou, nesta quarta-feira (8), após a paralisação dos caminhoneiros em alguns pontos do Estado. Segundo a entidade, o movimento já causa “prejuízos consideráveis” para o setor industrial e ameaça a continuidade da produção e do transporte de insumos e produtos.

“O movimento poderá comprometer o cumprimento de contratos, afetando diretamente a competitividade de Santa Catarina e do Brasil, prejudicando o emprego e a renda”, alega a federação.
A entidade prossegue pedindo que haja compreensão dos líderes do movimento e reiterando o pedindo de desbloqueia nas rodovias de Santa Catarina. Ainda foi encaminhado pela federação um ofício ao governador Carlos Moisés da Silva, à PRF (Polícia Rodoviária Federal) e à CNI (Confederação Nacional da Indústria) pedindo atenção à situação.
“Respeitamos a categoria, que tem enorme importância, ainda mais num país em que o modal rodoviário é predominante. Não questionamos as reivindicações do movimento, mas pedimos para que sejam adotados outros meios para resolver a questão. Defendemos a busca de uma solução de consenso, para evitar que toda a sociedade enfrente graves impactos econômicos e sociais”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
Veja o vídeo: 155p3p
Entenda a situação 5r113e
A paralisação dos caminhoneiros que começou como um ato na terça-feira (7), continua nesta quarta-feira (8) em diversas rodovias catarinenses, das federais às estaduais. A manifestação pode, inclusive, prejudicar o abastecimento de combustível em ville e região, como aponta o Sindipetro.
No entanto, não são todos os caminhoneiros que querem aderir ao movimento e nas redes sociais já circulam imagens que flagram os manifestantes tentando obrigar os caminhões a parar nos bloqueios instalados em vários pontos das rodovias.
Em São Francisco do Sul, na BR-280, os apoiadores do movimento tentam fazer os caminhoneiros parar e até ameaçam jogar pedras nos veículos. Alguns motoristas conseguem furar o “bloqueio”.
Em Itajaí, um caminhoneiro tentou furar o bloqueio e teve o veículo apedrejado por manifestantes.