Com o objetivo de incentivar a participação das mulheres nas áreas de astronomia, física e matemática, o projeto Meninas da Ciência, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) oportunizou a participação de estudantes catarinenses no concurso Caça Asteroides, promovido pela NASA, em parceria com o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação).

As alunas integrantes da equipe participaram do programa nacional e descobriram oito novos objetos rochosos ou metálicos que orbitam o Sol, pequenos demais para serem considerados planetas.
A equipe, formada por cinco meninas e mulheres, estudantes de Ensino Fundamental, Médio e de Graduação, contou com a participação de uma aluna egressa da rede estadual de ensino de Santa Catarina.
Ana Lindsey Nogueira Fernandes cursou todo o Ensino Fundamental e Médio na EEB (Escola de Educação Básica) Frederico Hardt, em Indaial, no Vale do Itajaí.
Segundo o diretor da escola, Anacleto Cordeiro Pinto Junior, a aluna sempre se interessou pela astronomia. “A escola, acompanhou este amor pela área, inscrevendo-a nas olimpíadas e dando o e necessário. Ficamos felizes com o seu caminhar e seu sucesso.”
“A Ana foi minha aluna nos anos de 2021 e 2022, quando ela se formou no Ensino Médio. Nesse período, fui professor de Física e ela sempre se mostrou muito interessada pela disciplina e me perguntava sobre vários assuntos. Inclusive, a incentivei a participar da Olimpíada Brasileira de Astronomia e doei para ela alguns livros de física”, relembra o professor Cristian Bernardi.
Concurso Caça Asteroides 6s232x

Para a participação da equipe na competição, as estudantes aram por aulas de treinamento presencial e reunião em grupo, momento em que puderam aprender a realizar a identificação dos objetos astronômicos, elaborar e enviar os relatórios com os possíveis asteroides encontrados.
“Ter uma experiência em um projeto de ciência cidadã é um prazer para mim. E participar deste projeto, em especial, foi incrível, porque pude conhecer novas pessoas e estudar sobre algo no qual eu sempre tive muito interesse: a astronomia”, conta Ana.
As pesquisas aconteceram entre os meses de julho e agosto, período em que as estudantes analisaram, de forma remota, imagens do céu noturno em busca de objetos em movimento. Com o auxílio de um software especializado, as alunas analisaram pacotes de imagens captadas por telescópios (Pan-STARRS, pertencente à Universidade do Havaí).
Os relatórios sobre os oito asteroides descobertos pela equipe serão enviados e posteriormente revisados pelos órgãos competentes. Caso as descobertas das catarinenses sejam validadas, as alunas terão oportunidade de sugerir nomes aos asteroides que encontraram. O processo leva de três a cinco anos para ser concluído.