Estudantes da EBM Albertina Madalena Dias, do bairro Vargem Grande, em Florianópolis, tiveram a oportunidade de conhecer e fazer diversas perguntas para Maria da Penha, de 78 anos, que inspirou a lei de proteção à mulher no Brasil.

Algumas das perguntas feitas pelos estudantes foram: “Quando tu apanhava, os teus filhos te protegiam”?, “Com que idade ele começou a te bater?”, “Quando você apanhou, já foi direto para a delegacia?”.
Maria da Penha, que hoje é líder dos movimentos de defesa dos direitos das mulheres, sofreu muito no ado, ela foi vítima de duas tentativas de homicídio, em 1983, pelo então companheiro Marco Antônio Heredia Viveiros.
Ele atirou na esposa pelas costas enquanto ela dormia, o que a deixou paraplégica. Quando ela retornou do hospital, o marido a manteve em cárcere privado e tentou eletrocutá-la no banho.
Em 7 de agosto de 2006, a Lei Maria da Penha, de número 11.340 foi sancionada pelo governo federal. Com 46 artigos distribuídos em sete títulos, ela cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
As perguntas e desenhos dos estudantes foram enviados para Maria da Penha sob a coordenação da professora Silvia Dias, que possui mestrado pela Universidade do Porto (Portugal) na área de Gênero, Cidadania e Diversidade. A professora abordou a violência contra as mulheres em aulas para crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, em Florianópolis.
Cada educador e educadora explicou para as suas turmas o porquê da necessidade de uma lei para proteger a mulher. As turmas assistiram também a uma contação de história em vídeo, intitulada “Maria da Penha”, da CIA Guarda-Chuva. Na sequência, houve rodas de conversa para debater sobre o que acharam do vídeo, se já conheciam o assunto e se já tinham ouvido relatos de violência.
O Programa Maria da Penha Vai à Escola, implantado em março deste ano por meio do decreto municipal número 24.968, destina-se às unidades da rede municipal de ensino. Entre as finalidades está promover a Lei Maria da Penha e os direitos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar e impulsionar reflexões sobre o tema do combate à violência contra a mulher.