Este é o assunto do ano: IA (inteligências artificiais).
Não que seja uma novidade, afinal, o conceito surgiu na década de 1950, com o gênio Alan Turing, pai da ciência da computação e uma importante figura para decodificar a comunicação nazista na Segunda Guerra Mundial.
Turing foi quem criou o conceito que embasa todo o estudo que se popularizou com tudo em 2023.

O assunto está em alta porque sua usabilidade está em alta.
As diversas ferramentas de IA desenvolvidas nos últimos anos se tornaram populares e íveis ao alcance do grande público.
Muito dessa tecnologia chega via cinema ou música, como recriação de artistas que já faleceram nos filmes ou vozes destes em músicas.
Chega também em formas de memes e piadas, ou como novos oráculos, tal qual o Chat GPT.
Porém, é importante se ligar que os perigos também aparecem com as novidades e de várias formas.
Se você gosta de cinema ou séries, talvez já tenha ouvido falar da greve de roteiristas e atores em Hollywood, que, desde julho, estão parados em busca de acordos para melhorar suas condições de trabalho e garantir seu futuro.
Um dos motivos são os streamings e a forma de trabalho de empresas como Netflix, Amazon Prime Video, Disney, HBO Max, Apple TV etc.
Outra grande preocupação é como as inteligências artificiais podem ser usadas para utilizar imagens, vozes e textos desses artistas sem dar os devidos créditos e pagamento a isso.
E se os grandes atores e atrizes do cinema estão preocupados, talvez nós também devêssemos.
Os cuidados com as IAs 5017d

Já que o assunto é cinema, existem vários filmes que trabalham com a revolta das máquinas, como Matrix e Exterminador do Futuro.
Recentemente, os testes do ChatGPT 4 mostraram que a IA foi capaz de mentir para cumprir uma tarefa.
O comando era responder a um Captcha (aquelas figuras aleatórias para verificar “não sou um robô”), e a solução da IA foi buscar um humano em um site de serviços gerais para completar a tarefa.
Porém, a pessoa contratada perguntou: “Por que você não consegue responder? Você por acaso é um robô?” E a resposta foi: “Não, eu tenho deficiência visual e preciso de ajuda”.
Dá um medinho, claro, mas esse caso era em um ambiente controlado e o teste foi levado a isso.
Porém, os perigos mesmo estão nos treinamentos dessas IAs e como a tecnologia reproduz os preconceitos humanos.
Em 2017, uma ferramenta da Amazon para analisar currículos discriminava mulheres em processos seletivos, pois a IA aprendeu com uma base de dados de milhares de currículos da área de tecnologia, composta pela grande maioria de homens, e por isso eliminava as mulheres do processo.
Outro caso infame foi a foto do ator Michael B. Jordan — que interpretou o vilão Killmonger no primeiro filme do Pantera Negra — entrar no site da Polícia do Ceará como suspeito de ter participado de um crime.
O sistema de identificação facial automatizado incluiu a foto do famoso ator e o colocou no site.
E esse foi só um caso de pessoas sendo acusadas indevidamente, baseado na tecnologia.
Há muito o que se pensar, inclusive nas redes sociais, que sempre privilegiam as pessoas dentro do padrão.
Sem contar os filtros de Instagram e TikTok que, quando vão “embelezar” uma pessoa, mudam o tom de pele, afinam o nariz e alisam o cabelo, pois são voltados para um tipo de pessoa.
Por isso temos de analisar e muito os perigos das inteligências artificiais em nossa sociedade.
Elas já possibilitaram melhorias incríveis na vida humana, mas lembrem-se, as IAs são ferramentas, mas a responsabilidade do uso fica por conta de todos nós.
As IAs podem ser divertidas 3q3d32

Assim como outros avanços tecnológicos ao longo de nossa história, é impossível voltar atrás e abandonar as inteligências artificiais.
O mais importante é desacelerar a corrida tecnológica das grandes empresas e ganhar tempo para pensar com calma nos prós e contras antes de tomar decisões sobre o futuro.
Mas tem muita coisa legal que se pode fazer com o que já está entre nós.
Se você gosta de música e quer saber como as Inteligências Artificiais compõem, os sites Soundful e o Beatoven são dois que produzem com base nos comandos das pessoas.
Mas se sua ideia é brincar com vozes, você pode brincar com o Voice.AI ou o Musicfy, usando de Morgan Freeman a Kendrick Lamar, ando por Ariana Grande e Rihanna, entre outros.
Ainda na brincadeira com música, mas juntando a imagem, a dica é pegar uma foto e dar movimento a ela – no mesmo estilo das fotos de Hogwarts em Harry Potter.
Porém, melhor que isso, você pode pegar uma foto da sua mãe criança, subir para o site My Good Trust e fazer ela cantar uma das músicas disponíveis.
É muito simples, basta escolher a foto e a canção e esperar a inteligência artificial fazer seu trabalho.
De parte a parte, são as buscas de um mundo que não tem mais como viver sem inteligências artificiais, então, que seja feito um ótimo uso dessa ferramenta para criar e recriar coisas que possam levar a humanidade a um lugar melhor e mais feliz. Nem que seja para dar algumas risadas.