Conhecer a história da própria cidade, as evoluções e as mudanças que foram apresentadas com o ar do tempo é uma forma de manter a conexão entre o ado e o futuro. Pensando nisso, a turma do nono ano da Escola Municipal Izilda Reiser Mafra participou de um desafio proposto pelo professor de geografia Eriberto Nunes: conhecer a trajetória de Navegantes.

Utilizando o celular e a conexão com as redes sociais, a tarefa era encontrar pelo menos um morador de cada bairro, compreendendo as modificações feitas nos últimos tempos e o impacto direto no cotidiano.
Entretanto, antes de ir em busca de um nome, a turma precisou compreender qual seria o o a o. “Primeiro conversamos sobre a necessidade de entender a nossa realidade. Nesse debate notamos que alguns deles não tiveram o às partes da cidade. Isso se explica pelo grande fluxo migratório”, conta o educador, responsável por traçar uma estratégia de entrevista levando em consideração melhorias e soluções apresentadas pelos munícipes.
Na tarefa de recontar a trajetória de acordo com a percepção dos entrevistados, durante o processo os alunos aprenderam a se comunicar, elaborando perguntas, treinando o vocabulário, organizando as respostas e editando.
“Precisaram adequar a facilidade em lidar com as mídias em benefício dos estudos. Foi de um deles a proposta de transformar e unir todo esse material em uma pequena reportagem. O que era para ser uma apresentação recebeu uma nova roupagem. O rumo do planejamento inicial foi lapidado e modificado conforme a necessidade e empenho da turma”, expõe o professor.
Foi analisando a proposta, os materiais, dividindo as funções e estipulando os prazos e critérios que puderam adquirir mais que a responsabilidade, colocando no centro do processo aqueles que já conhecem Navegantes e quem está chegando.
“Se sobrepõe o sujeito e seu lugar no mundo, as formas de representação e pensamento especial, ambiente e qualidade de vida”, elenca Eriberto.
No desafio de mapear o que já foi alterado e os pontos que ainda precisam de atenção, o resultado foi além das novas propostas, modificando a forma como as atividades são apresentadas em sala de aula, incentivando iniciativas como essa — característica do educador.
“Fazem da escola um ambiente propício para que os alunos adquiram conhecimento, isso atrelado ao fazer sem ‘forçar a barra’, tornando possível a atividade proposta. Sigo minha prática convicto de que desafiar as habilidades do estudante pode transformar um simples conteúdo em uma audaciosa e bem-sucedida prática pedagógica”, menciona o profissional.
Para alguns, a iniciativa foi o o inicial para compreender as diferenças que existem em cada local. “Gostei muito de fazer esse trabalho, pois conheci mais sobre o bairro São Pedro (Pontal). Conheci sobre as características do lugar, o que ele oferece e suas qualidades”, comenta Ana Beatriz Florisbelo, 15, que ressalta pontos como saúde, educação e lazer, serviços que foram enaltecidos pelos moradores.
Há quem tenha vivenciado o desafio de interagir com outras pessoas. “Estamos vivendo uma era digital em que grande parte dos estudantes não têm conhecimento dos bairros, tampouco relacionamento com as pessoas fora de seu convívio diário. Desta forma, nossa primeira ação foi pedir orientação aos nossos pais ou responsáveis de como abordaríamos pessoas que não conhecemos em localidades que não temos o hábito de estar”, relata Pyetra Cristine dos Santos, 14, que observou respostas similares entre os entrevistados, principalmente quando o tema era espaços de lazer.
Para João Vitor Mehret Pinto, 14, a atividade é uma oportunidade para conhecer outros pontos de Navegantes. “Aprendi sobre bairros diferentes, percebi a ‘situação’ de alguns moradores, me impressionei como o trabalho ficou e adoraria fazer algo parecido novamente”, finaliza o aluno.