Para entender a importância da prevenção em casos de incêndio e desastres naturais, desde 2007 a Rede Municipal de Florianópolis conta com o projeto Bombeiro Mirim, uma parceria com o 1º Batalhão de Bombeiros Militares, incluindo os bombeiros comunitários.

Até este ano, aproximadamente 6 mil crianças já fizeram parte da iniciativa, em 210 turmas e em mais de 16 unidades, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Educação e do 1º Batalhão de Bombeiros Militares.
A participação de cada escola ocorre de acordo com a solicitação, as necessidades e a disponibilidade das equipes.
São cinco encontros, um por semana, totalizando 12 horas. Com foco na prevenção e nos primeiros socorros, as turmas aprendem sobre construção de valores, serviços de emergência, prevenção de acidentes, prevenção e segurança em desastres naturais e segurança contra incêndio — e ainda participam de uma visita ao quartel.
“Esse é um projeto de interesse de toda a comunidade educacional, não apenas das crianças, mas também dos educadores e famílias”, avalia a subsecretária de educação básica, Gisele Leilaini de Toledo.
Nos encontros os estudantes têm a oportunidade de aprender a manusear um extintor de incêndio e a prestar atendimentos que podem ser feitos dentro e fora da escola, como curativos e torniquetes.
Além da prevenção, os jovens também são orientados sobre os perigos em espaços rurais e urbanos.
“O objetivo primordial é incutir nas crianças participantes, com atividades lúdicas, uma cultura de percepção de risco por meio do desenvolvimento de práticas suplementares ao processo educativo, contribuindo para uma sociedade mais segura e promovendo o exercício pleno da cidadania”, comenta o comandante do 1º Batalhão de Bombeiros Militar de Florianópolis, tenente-coronel Daniel Gevaerd Muller.
Prevenção na EBM Lupércio Belarmino da Silva 2g5t3k

Localizada no Ribeirão da Ilha, a Escola Básica Municipal (EBM) Lupércio Belarmino da Silva é uma das unidades que fazem parte do projeto.
Por lá, os estudantes do quinto ano aproveitam os encontros para sanar dúvidas e compreender a importância da profissão. “A escola está muito feliz com esse projeto. Nossa escola é muito longe de tudo, de todo o socorro, então é muito importante que os estudantes aprendam os primeiros socorros e se mantenham calmos em situações extremas”, comenta a diretora Patrícia Daniele Lima de Oliveira.
Com facilidade para memorizar aquilo que é apresentado pelos profissionais, o momento é uma alternativa para explorar os questionamentos que ultraam o ambiente escolar.
“Eles assimilam muito bem os conteúdos e ainda trazem as questões que pesquisam na internet, tirando dúvidas. Na verdade, é bom para combater as fake news, questões que eles veem em sites não tão seguros. E levam tudo o que aprendem para família, como fazer tala, quando fazer um torniquete, como cuidar dos machucados, situações que acontecem no dia a dia”, acrescenta a diretora.