Quem fica impressionado ou entusiasmado com um robô e as criações da robótica, na maioria dos casos não conhece o o a o necessário até alcançar o resultado desejado.

Com diversos programas, soluções e novidades constantes, existem etapas primordiais para que a inovação ganhe vida e movimento.
Mais do que compreender os comandos ou uso de cada peça, é importante pensar no funcionamento e na conexão.
E se o processo já conta com desafios e obstáculos, como seria produzir uma redação falando sobre o assunto? Será que você seria capaz de transformar os ensinamentos em conteúdo?
Esse foi o desafio dos estudantes da rede municipal durante a participação no Concurso de Redação do programa de robótica educacional, promovido em parceria entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a SIMROBÓTICA®.
Com o tema “Minha cidade e a robótica educacional”, coube a cada um pensar na melhor forma de expor aquilo que é compartilhado em sala de aula.
E essa escolha, de expor o que é criado em aula, foi algo em comum entre Isabely Raissa dos Santos Gonzalez, 11, da EBM (Escola Básica Municipal) Dilma Lúcia dos Santos, e Ana Luisa Tobias, 13, da Escola do Futuro – Tapera, ganhadoras do concurso nos anos iniciais e finais.
Embora a disputa tenha sido feita no fim do ano ado, a premiação aconteceu em 2023 — as meninas receberam medalha, troféu e um tablet.
Entretanto, além dos prêmios, a vivência ficou marcada na memória. “Foi uma experiência nova, eu não imaginava que iria ganhar, e foi uma experiência bem diferente”, comenta Isabely, sentimento que também foi compartilhado por Ana.
Por mais que a proximidade com a robótica seja diferente entre elas — enquanto Ana faz parte do clube de robótica, Isabely tem aulas regulares com o kit Wido —, existe sempre um projeto marcante, aquele que fica gravado.
“Eu lembro de um (projeto) que fiz bem no comecinho, que foi um ledzinho. Você acionava e ele ficava piscando. Eu lembro porque me marcou, fiquei bem feliz que consegui montar pela primeira vez”, explica a ganhadora dos anos finais.
O foco é naquilo que vem agregado com os kits, com peças, tablets e atividades, mas os estudantes têm uma tarefa a mais durante as aulas: revezar entre o papel de líder, e programador, em grupos compostos por quatro indivíduos.

É na aproximação com a tecnologia que eles também aprendem sobre criatividade, comunicação e organização. “A robótica exige muito isso, essa parte de trabalhar com a tecnologia, e o contato social, que você faz muitas coisas com outras pessoas”, completa Ana.
Mesmo que essa geração seja marcada pela era dos smartphones, computadores e inteligência artificial, ainda há muito o que aprender e mudar, agregando os novos processos às experiências do futuro.
“Eu acho que isso é uma coisa muito boa porque a tecnologia está cada dia mais presente na nossa vida, e aprender a lidar com ela vai ser bom, porque no futuro isso vai ser muito mais presente. Então já é uma experiência, um primeiro contato que ajuda a nos preparar para o que está vindo”, expõe Ana.
O desejo de mostrar novas funcionalidades com aquilo que, muitas vezes, está na palma das mãos também é algo que motiva quem está à frente da turma, pelo menos para o professor de tecnologia da Escola do Futuro – Tapera, Renato dos Santos Dias.
“A importância de incluir tecnologia desde cedo é aproveitar a curiosidade das crianças desta geração, que já estão conectadas com smartphone, tablets, televisão, e explorar de uma forma positiva de ensino essas tecnologias educacionais.”
Para quem acompanha o desenvolvimento dos professores e aquilo que está sendo criado nas escolas, como a Chefe do Departamento de Tecnologias Educacionais, Maria Rosangela Bezo, o diferencial para alcançar prêmios é a forma como a robótica é aplicada.
“Não está sendo trabalhado na rede apenas uma tecnologia pela tecnologia, é dentro de uma metodologia, e isso faz toda diferença, porque eles têm que trabalhar em equipes, onde cada um tem a sua função e tem que se organizar para isso, para que, no final, funcione o protótipo deles, e é o objetivo, eles ficam ansiosos”, esclarece a profissional.
Cultivando orgulho 6i6l3t

Aqueles que estiveram ao lado das meninas, acompanhando a descoberta de cada etapa, o uso dos kits e o prêmio, celebram a conquista, compreendendo que a medalha e o troféu são formas de incentivar a aproximação com o novo.
“Eu digo que é uma emoção muito grande para a escola, é uma felicidade. Ela está tomando protagonismo para a escola, trazendo essa propaganda que é muito importante, então minha felicidade é grande”, comenta o diretor da EBM Dilma Lúcia dos Santos, Mario Sérgio Antunes Figueredo.
Além de pensar em soluções com os kits Wido e Spike, distribuídos para os anos iniciais e finais, respectivamente, os estudantes já sabem que os últimos 15 minutos de aula são destinados às apresentações de cada projeto — aqui é responsabilidade do líder expor as conclusões.
Tecnologia e habilidades além da robótica 161r3j
Se a proximidade com a robótica está rendendo reconhecimento, existem outros ganhos que serão sentidos nos próximos anos, seja na relação com o outro ou no desenvolvimento profissional.
Para o professor Renato, os ganhos vão além. “Permite que o estudante se desenvolva em vários aspectos, como criatividade, raciocínio lógico, trabalho em equipe, noção de liderança e programação. Esse aprendizado baseia-se na técnica ‘aprender fazendo’.”
E os ganhos vão depender da forma como cada professor será capaz de abordar o assunto, trazendo a tecnologia para dentro da sala de aula e com desafios relacionados ao cotidiano, como a provocação proposta na redação, debatendo o papel da tecnologia no desenvolvimento do município.