Estudantes participam da MOBFOG e aprendem sobre física com lançamento de foguete 3r4y1v

Na 16ª edição da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), alunos da Escola Municipal Prefeito Max Colin participaram pela primeira vez da competição 4u1x6b

O foguete já levou o homem para o espaço, pousou o astronauta na lua e agora pode até ser reutilizável. Ainda com todas as invenções e revoluções da indústria aeroespacial, há mais de sete décadas assistir um lançamento continua sendo um espetáculo que fascina diversos públicos – e com o estudantil não seria diferente.

Lançamento de foguete da MOBFOG virou evento na unidade escolar – Foto: Leve Fotografia com PropósitoLançamento de foguete da MOBFOG virou evento na unidade escolar – Foto: Leve Fotografia com Propósito

Para trabalhar a temática na escola, a 16ª edição da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) é uma olimpíada experimental que aproxima os estudantes dos caminhos da astronáutica, física e astronomia de forma lúdica, prazerosa e divertida.

Do pátio escolar surgiu o espaçoporto, base preparada para lançamento de veículos espaciais. No comando, turmas de sexto ao nono ano da Escola Municipal Prefeito Max Colin fizeram as operações de seus foguetes – todos feitos de garrafas pet e materiais recicláveis.

Liderados pelo professor de ciências Yury Bertolo Macedo, a atividade aeroespacial, desenvolvida pela primeira vez na unidade, foi um evento, assim como costuma ser nos lançamentos de foguetes oficiais. “As salas dos menores (alunos) foram assistir ao lançamento, teve comemoração, o professor falava no microfone…”, relembra Ana Julia Balmann, 14, aluna do 8º ano.

Vestidos de cientistas, os estudantes viram os conceitos aprendidos em sala de aula por uma perspectiva diferente, mas não fora da Terra. “As aulas práticas têm esse caráter: você estar em sala de aula, trabalhar os conceitos, os conteúdos, mas quando você volta para prática, o aluno consegue visualizar aquilo que está aprendendo”, destaca o professor.

O desafio da MOBFOG é que, de forma individual ou em equipes de até três estudantes, os alunos coloquem a mão na massa para a construção e o lançamento de um foguete que consiga atingir a maior distância possível da base, também construída como parte do processo. A proposta fortalece a aplicação de temas relacionados ao estudo de ângulos, gravidade, princípios físicos e por aí vai.

Para treinar as 13 turmas da escola que participaram da prova, Yury organizou seu planejamento de ensino para incentivar e apoiar a participação dos alunos na competição. “A gente dedicou 15 dias antes do lançamento oficial. Durante as aulas de ciências, a gente tirava para essa parte prática: recolhia as turmas, íamos para o laboratório, para as áreas externas e a gente preparava o foguete”, recorda o professor.

O marco alcançado pelo foguete que se destacou atingiu 110 metros de alcance horizontal da base. Como combustível, os alunos puderam usar apenas água e ar comprimido por uma bomba manual de encher pneus de bicicletas.

“A gente estava ansioso para participar da MOBFOG, porque foi a primeira vez que a gente participou e no momento, para muitos estudantes, a gente está bem ansioso para participar da próxima, porque a gente já aprendeu com os nossos erros e vamos fazer algo melhor”, acredita a aluna Julia Manenti, 14, do 8º ano.

Ainda que a MOBFOG tenha sido aplicada apenas com as turmas dos anos finais do Ensino Fundamental na unidade, toda a escola participou da segunda prova do mesmo tema: a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), com questões teóricas sobre o tema.

3 lições aprendidas por quem participa da MOBFOG 24521n

Para desenvolver a atividade da MOBFOG, alunos também estudaram a teoria em sala de aula – Foto: Leve Fotografia com PropósitoPara desenvolver a atividade da MOBFOG, alunos também estudaram a teoria em sala de aula – Foto: Leve Fotografia com Propósito

Se tudo o que fazemos tem a perspectiva da aprendizagem (ou lição), participar da Mostra Brasileira de Foguetes não seria diferente. Nesta competição experimental, temos não apenas a aplicação prática dos assuntos dos componentes curriculares, mas também reflexões que podem ser entendidas em questões do dia a dia.

1. Aprendizagem por tentativa e erro

Construir um foguete para a prova dificilmente dá certo de primeira: ajustar as asas, o bico, o impulso da base, além de outros fatores, são ajustes que se fazem ao longo da criação para que o objeto alcance a maior distância possível. Dessa forma, a prática se torna o exercício de aprender com os próprios erros e encontrar novas formas de solucionar os problemas, além de dar autonomia ao seu próprio processo de aprendizagem.

2. Cooperação

Ainda que a MOBFOG ofereça a opção de o aluno fazê-la sozinha, há também a possibilidade de formar equipe. Seja qual for a categoria escolhida, a verdade é que na escola um ajuda o outro com o olhar atento do professor, a dica do colega que também está participando e as sugestões que sempre agregam para se alcançar o objetivo: lançar o foguete da base.

3. Sustentabilidade

Na prova da MOBFOG, o foguete criado pelos alunos tem como critério o uso de garrafas pet. A competição experimental, além de colocar na prática a teoria, desperta no estudante novas formas de usar uma embalagem, antes mesmo do seu descarte final.

Curiosidades sobre foguetes por conta da MOBFOG 1u5q5o

No início de tudo, conta a história que os foguetes serviam como armas bélicas. Na Segunda Guerra Mundial isso ganhou força, com produção em larga escala. Para falar sobre as curiosidades desse veículo aeroespacial que atinge a Linha de Karman, o limite entre a atmosfera terrestre e o espaço, confira seis curiosidades sobre os foguetes que podem somar na sua memória de armazenamento sobre conhecimentos gerais.

1. A Alemanha criou o primeiro foguete capaz de atravessar o espaço, ainda no período da Segunda Guerra Mundial.

2. Todos que trabalham na Nasa (National Aeronautics and Space istration – em tradução significa istração Nacional da Aeronáutica e Espaço), inclusive astronautas, são funcionários públicos da agência estadunidense.

3. Apenas cidadãos americanos decolam pela Nasa, mas esse não é o último critério. Para sair da Terra, o candidato precisa ar por uma lista criteriosa de seleção e avaliação, além de entrevistas presenciais e treinamentos.

4. Peggy Whitson é a ex-astronauta da Nasa que ou mais tempo no espaço: ao todo, foram mais de dois anos.

5. O traje espacial de astronauta se chama Unidade de Mobilidade Extraveicular (EMU – Extravehicular Mobility Unit).

6. Mais de cinco mil foguetes e satélites já foram lançados até o momento, a maioria tendo relação com a Nasa.

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