Observar o céu e todos os elementos que estão acima da nossa cabeça é uma atividade que acaba ando despercebida no dia a dia, deixando de lado as curiosidades sobre as galáxias e as mil possibilidades que podem (ou não) existir. No olhar voltado para a Terra, há alguns fenômenos astronômicos que acontecem e que podem ser explicados pela rotação do planeta, posição dos astros e até mesmo o horário da observação.

Indo além das figuras que estão ilustradas nos livros, existem aqueles que acompanham de perto o movimento do globo, seja de forma profissional ou amadora. A recompensa é visualizar e testemunhar, em alguns casos, eventos que acontecem em longos períodos — alguns, em milhares de anos.
Ainda não sabe quais são? Preparamos uma lista com os mais famosos. Aproveite para conferir e planejar a próxima observação!
Eclipse solar i1u3q
Engana-se quem pensa que as belas imagens são registradas apenas no período noturno. Por mais que seja necessário uma sequência de fatores para desencadear um fenômeno astronômico, também é possível fazer alguns registros durante e o dia – e o eclipse solar é a prova disso.
O momento ocorre quando sol, lua e Terra estão alinhados, fazendo com que o nosso satélite natural cubra os raios solares. A cena pode ser explicada pela formação de uma sombra que cobre parte da superfície terrestre.
Eclipse lunar 4j5b1k
Neste fenômeno, o que muda é a sequência de alinhamento dos astros, composto pelo sol, Terra e lua. Dependendo da movimentação, o planeta pode cobrir por completo os raios do sol, deixando a lua sem reflexos e luminosidade.
Como o fenômeno depende da atividade dos três, existem momentos em que o eclipse pode ser total, parcial ou penumbral — com a lua “apagada”, com uma parte da lua coberta ou de forma sutil, respectivamente. É possível observar as imagens em alguns momentos do ano, coincidindo com a lua cheia.
Chuva de meteoros 4e221
Você, com certeza, já fez um pedido para a estrela cadente, não é mesmo? A explicação vai além dos filmes e das cenas que são recriadas com os personagens irando a cena — a justificativa são os meteoros.
“É um fenômeno bem diferente, é um fenômeno quando uma rocha, um asteroide de um tamanho pequeno, cai na Terra, entra na atmosfera da Terra, é destruído e brilha muito”, explica o coordenador do programa “Astrofísica Para Todos” e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Alexandre Zabot.
Diferentemente dos exemplos anteriores, a causa não é o movimento dos astros, mas a órbita do globo, que acaba ando por áreas com asteroides.
Fenômenos astronômicos: como surgem? 682so
A observação dos planetas que estão próximos da Terra, as mudanças de fase da lua e o acompanhamento das estrelas e constelações também fazem parte dos fenômenos astronômicos — a classificação é pautada nas alterações que modificam o céu, com menor ou maior intensidade.
Mas como explicar cada evento? A movimentação, os alinhamentos, a data e o horário da observação são fatores que podem transformar o que está sendo visto. Por isso, cada fenômeno possui o seu tempo de aparição e de duração, sendo mais ou menos visível em alguns pontos.
“Não estamos parados e os corpos no espaço também não estão parados, está tudo em movimento. Então, conforme eles se posicionam, fica mais fácil ou mais difícil de ver um fenômeno interessante”, acrescenta o professor.
5 dicas para acompanhar os fenômenos astronômicos m498
Para melhorar a observação, o professor Alexandre Zabot indica algumas sugestões. Veja a lista:
- Usar um software com mapa do céu para localizar o fenômeno;
- Conferir a localização, tendo como referência os pontos cardeais;
- Procurar um lugar escuro e sem interferência de objetos altos e luminosos;
- Acompanhar canais de divulgação de astrofísica para conferir as novidades — o perfil do educador pode ser uma referência, no @prof.zabot.
- Aprender mais sobre o tema — Astrofísica para Todos, projeto da UFSC, é uma opção.
O educador também sinaliza que até o fim do ano não há estimativa para eclipses. O próximo pode acontecer em 2023, com boa visualização no Norte do país. Os próximos meses permitirão a observação de Marte, Júpiter e Saturno. No caso da chuva de meteoros, é possível acompanhar as previsões pela internet.