O projeto de lei que inclui o ensino de histórias africanas, afrodescendentes e indígenas nas escolas municipais de Florianópolis foi aprovado pela Câmara de Vereadores da Capital, durante a semana da Consciência Negra.

Criado pelo vereador Lino Peres (PT), a lei prevê treinamento para os professores sobre os três temas, além de material didático para alunos da pré-escola e do ensino fundamental.
O conteúdo será elaborado com consulta a pesquisadores, organizações culturais afro-indígenas e lidernanças dos movimentos negro e indígena.
Para Lino Peres, o ensino traz também uma contextualização dos episódios recentes de combate ao racismo no mundo.
“É importante criar esse conteúdo não só com base nos aspectos acadêmicos, mas também nos movimentos sociais que lutam pelos direitos dessas populações”, afirmou.
A lei pretende ampliar debates, como o combate ao racismo, e destacar dentro do ensino o papel desempenhado por negros na história do Brasil durante todo o ano letivo, como a primeira mulher negra eleita deputada no país, Antonieta de Barros, nos anos 1930.
Para a professora e ativista Érika Costa, a inclusão desses conteúdos no ensino ajudam na conscientização das pessoas e no combate ao racismo.
“O povo negro precisa saber da sua representatividade, nós construímos todo esse país e muitas vezes não temos oportunidade por causa de um o racismo velado e estrutural, por isso precisamos combatê-lo todos os dias e isso começa na escola”, ressaltou.