Indígenas não voltam às aulas e lideranças denunciam precariedade de escolas em aldeia de SC 1m2l60

Terra Indígena Xapecó fica entre os municípios de Ipuaçu e Entre Rios, no Oeste de Santa Catarina 2d6p2a

Cerca de 1.800 estudantes das escolas da Terra Indígena Xapecó, entre os municípios de Ipuaçu e Entre Rios, no Oeste de Santa Catarina, não retornaram às aulas para o ano letivo de 2023. As atividades deveriam ter sido retomadas nesta quarta-feira (8), mas não foram devido à situação precária das escolas.

escolas, reserva, indígenaLideranças indígenas reclamam das condições estruturais das escolas. – Foto: reserva indígena

O presidente do Conselho da Saúde indígena, Adair Correia da Silva, relata que as escolas não têm condições de receber os alunos em decorrência de problemas na infraestrutura, transporte precário, alimentação para merenda escolar insuficiente e desfalque na equipe de limpeza, o que estaria deixando as escolas em situação de sujeira extrema.

Na Escola Cacique Vanhkre são 800 alunos que estão sendo prejudicados, na Escola Pinhalzinho 400 alunos, na Escola Paiol de Barro 400 alunos e nas cinco Escolas multisseriadas são 200 alunos, segundo Silva.

“É um abandono. É desumano, parece que viraram as costas para as escolas da aldeia”, comenta o indígena.

O cacique da aldeia indígena Osmar Barbosa cita que entre os problemas na infraestrutura, estão a cobertura do centro de esportes danificada e alguns banheiros que não estariam funcionando, além de problemas na estrutura de algumas salas de aula. Na cozinha não há gás para fazer comida e os alimentos que foram enviados seriam insuficientes para a merenda escolar de todos os alunos.

“Em volta das escolas o mato tomou conta. É perigoso as crianças andarem por ali, pode até ter cobras. Tínhamos sete profissionais de limpeza, mas duas foram mandadas embora e ficamos com cinco. Hoje estamos com apenas duas que não tiveram o contrato assinado e agora a empresa de limpeza terceirizada informou que vai contratar apenas uma funcionária”, acrescenta.

Indígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. - Divulgação/ND
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Indígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. - Divulgação/ND
Indígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. - Divulgação/ND
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Indígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. - Divulgação/ND
Indígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. - Divulgação/ND
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Indígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. - Divulgação/ND
Indígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. - Divulgação/ND
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Indígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. - Divulgação/ND

Além disso, a empresa de limpeza não teria disponibilizado os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e nem mesmo os produtos para limpar as escolas. “Elas estão trabalhando com o material que foi comprado com recursos da comunidade”, diz.

A situação se agrava porque, segundo o presidente do Conselho da Saúde indígena, nas sextas-feiras e sábados 50 alunos da graduação em Licenciatura Indígena da Unochapecó se reúnem para as aulas nas escolas e também acabam sendo prejudicados.

Com relação ao transporte que leva os alunos às escolas, os indígenas alegam que está em situações precárias e constantemente estraga, o que dificulta aos alunos comparecerem às aulas, além da precariedade das estradas que levam até as escolas. “Tem caso de alunos que reprovaram e perderam o auxílio do governo devido às faltas”.

Indígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. – Foto: Divulgação/NDIndígenas alegam que retornarão às aulas apenas quando tiverem as necessidades de melhorias atendidas. – Foto: Divulgação/ND

O cacique afirma que os indígenas tiveram uma reunião com a Secretaria de Educação do Estado e rearam todos os problemas enfrentados, mas nada foi resolvido. “Nos pediram um voto de confiança que resolveriam a situação, mas não fizeram nada. Como vamos dar um voto de confiança assim"});// Remover os listeners após a execução document.removeEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);}document.addEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);});

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