O DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Furb (Universidade Regional de Blumenau) promove nesta quinta-feira (31) uma manifestação em prol da federalização da universidade. O protesto ocorre poucos dias após a queda do ministro da educação, Milton Ribeiro, que, em meio a um caso de suspeita de corrupção, entregou o cargo nesta semana e, conforme a coluna noticiou, era favorável ao processo de tornar a Furb a Universidade Federal do Vale do Itajaí.

A manifestação será às 17h45 no campus 1 da Furb, em frente à biblioteca. De acordo com o DCE, o objetivo é demonstrar o apoio ao projeto de lei que tramita no Senado, de autoria do senador Jorginho Melo (PL), que prevê a criação da nova universidade federal a partir da Furb e tem sido tema de trabalho no MEC (Ministério da Educação).
O novo ministro é Victor Godoy Veiga, que era o secretário executivo do MEC. A troca dá a impressão que pode atrapalhar o andamento da proposta da Furb. Mas a reitora, Márcia Sardá Espíndola, informou à coluna que o assunto é tratado com a equipe técnica do MEC. Segundo a professora, os detalhes solicitados pelo MEC na última reunião em Brasília já foram reados.
A assessoria do senador Jorginho Mello, consultada pela coluna, informou que a mudança não irá dificultar o trâmite do projeto no MEC.
Além da queda de ministro, outro problema é o prazo para aprovação e criação da nova universidade federal ainda neste ano, que se encerraria em meados de abril por causa das eleições.
Agora, como a própria reitora já afirmou em outras oportunidades, o negócio é político. Precisa ter movimentação em Brasília e envolvimento direto do Ministério da Economia, que deverá prever orçamento para a criação da Universidade Federal do Vale do Itajaí.
No comunicado sobre a manifestação, o DCE fez questão de destacar que a federalização da Furb tem apoio de diversas entidades e políticos de Blumenau e região. Além disso, abordou as vantagens do processo. De acordo com o diretório, haveria um incremento de R$ 400 milhões por ano na economia local, 50 cursos superiores gratuitos para 15 mil pessoas e com a possibilidade da criação de 2500 novas vagas de emprego.
Essa história não é nova. Em outros momentos no ado também houve ações para tentar federalizar a Furb, sem sucesso. Inclusive, com algumas manifestações envolvendo a comunidade acadêmica. Desta vez, a expectativa da universidade é que o projeto não fique só no papel. Que não seja fogo de palha.