Seja na gravação de áudio ou vídeo, é bem provável que você tenha se questionado se aquela voz gravada realmente é a sua. Calma, essa dúvida é mais comum do que você possa imaginar. Existe uma explicação fisiológica para isso e há jeitos de driblar esse incômodo – seja para a voz falada ou cantada.

Por que isso acontece? 462w5b
A primeira coisa que temos que explicar é: o gravador escolhido é o menor dos problemas nesses casos. Celulares podem não ter a qualidade de uma gravação profissional, mas não interferem no timbre que a sua voz tem nos áudios e vídeos.
O que acontece é que os sons do mundo chegam pelas ondas sonoras ao nosso ouvido externo. Porém, quando a voz sai de dentro da gente, isso interfere na forma como a percebemos, com o som chegando também pelo ouvido interno.
Parte desse som chega, sim, de fora, mas outra parte vem pela vibração interna de cavidades, ossos e toda a estrutura do nosso peito e face até alcançar o aparelho auditivo.
O mundo nos ouve pelo ar, mas nós nos ouvimos de uma forma única. Curiosamente, a própria voz soa mais grave para nós do que para os outros, por isso o estranhamento.
Não à toa, os shows são cheios de caixas de som voltadas aos cantores e cantoras, os chamados retornos, porque eles precisam se ouvir para poder modular a própria voz durante as apresentações.
Como resolver 3o2l1y
Na verdade, não tem solução, é mais uma questão de se acostumar com sua voz mesmo. Cada vez mais, as novas gerações estão habituadas com o próprio timbre, pelo uso dos áudios de WhatsApp, gravações de vídeos nas redes sociais, entre outras formas de se ouvir.
Porém, alguns aspectos técnicos também podem ajudar, caso você queira cuidar melhor do seu áudio para algum trabalho. A primeira dica é cuidar onde e como captar o som.
Busque lugares silenciosos para gravar. Cuide para dar pelo menos um palmo de distância do celular para evitar aqueles sons de P, B e T que chamamos de “puffs”.
Agora vamos falar dos aplicativos. Para gravar, fica a indicação do ASR, um gravador que permite escolher a qualidade do áudio, a forma de captação, abafador de ruído, volume do ganho de voz, entre outras funções.
Para edição (embora eles também gravem), vamos ar a dica de dois: o Lexis, gratuito, e o WaveEditor, que oferece bons recursos na versão gratuita e outros avançados na versão paga.
Para quem pode investir, a dica mesmo é comprar microfones externos, pois são melhores do que a maioria dos celulares. Em uma boa pesquisa pela internet é possível comprar microfone de lapela com fio por menos de R$ 20 ou bons microfones de mesa para computador por menos de R$ 200.